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Barômetro da infraestrutura mostra leve recuperação das expectativas

Em parceria com a consultoria EY, a Associação Brasileira da Infraestrutura e das Indústrias de Base (ABDIB) lançou a 7ª edição do Barômetro da Infraestrutura – levantamento semestral que mede o ânimo de empresários e especialistas em relação às possibilidades de investimento e de desenvolvimento de projetos no setor.

“Mais do que avaliar a pressão da infraestrutura brasileira, o Barômetro é uma ferramenta importante para orientar a tomada de decisão pelas empresas da área”, diz o presidente-executivo da ABDIB, Venilton Tadini.
 
A pesquisa, que mede as expectativas para os seis meses seguintes à coleta dos dados, aponta ligeira melhora do otimismo em relação ao crescimento da economia. 
No levantamento divulgado em outubro de 2021, 16,2% dos entrevistados se disseram otimistas em relação ao crescimento, enquanto 37,7% se mostraram pessimistas. Agora, o grupo de otimistas subiu para 18,7% e o dos pessimistas caiu para 33,6%.
 
“Os números mostram um cenário positivo e resiliente em relação à percepção do mercado sobre o potencial da infraestrutura no Brasil, o que é um fato a ser comemorado em um ano com tantos desafios como 2022”, comenta o diretor executivo para o Setor Público e Infraestrutura da EY Brasil, Gustavo Gusmão.
 
Na opinião de 56% dos 241 empresários e executivos de empresas associadas da ABDIB que responderam ao questionário (foram 170 no levantamento anterior), o resultado das eleições pode ter uma influência significativa no rumo da agenda de concessões. Na pesquisa divulgada em outubro de 2021, o resultado para essa questão foi de 52,7%.
 
Em relação ao efeito econômico da guerra entre a Rússia e a Ucrânia sobre os negócios brasileiros de infraestrutura, 56,8% consideram que o impacto será alto – sendo que, nesse universo, 26,1% esperam que as repercussões tenham alta duração e 30,7% imaginam que elas terão curta duração.
 
Apurados ao longo do mês de março, os dados não levaram em conta os possíveis efeitos sobre os negócios brasileiros de infraestrutura do recrudescimento da pandemia da Covid-19 na China.
 
Uma melhora mais significativa foi verificada no indicador que mede a percepção de segurança jurídica nos contratos de concessões e PPPs. A soma dos que responderam que a segurança jurídica era regular, boa ou ótima alcançou 73% no levantamento anterior. Na pesquisa atual, o conjunto de respostas ao mesmo quesito foi de 77,6%.
 
Entre os setores da infraestrutura que, segundo os entrevistados, deverão receber mais investimentos no período, o Saneamento mantém a liderança que já tinha nos números divulgados em outubro – embora um percentual menor de entrevistados tenha apostado em seu crescimento. 

Em outubro do ano passado, 67,1% acreditavam que o setor receberia investimentos expressivos. Agora, 60,2% têm a mesma percepção. 

“Mesmo com a expectativa favorável em alguns pontos, ainda temos um longo caminho a ser percorrido para posicionar o Brasil no mesmo patamar de outros países onde a temática da infraestrutura encontra-se mais avançada”, aponta Gusmão.

Matéria publicada na Grandes Construções

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