O Índice de Confiança da Construção (ICST) subiu 0,7 ponto em agosto, para 95,9 pontos, maior nível desde outubro de 2022 (100,9 pontos). Em médias móveis trimestrais, o índice aumentou 0,6 ponto.
Os dados são da Sondagem da Construção do FGV/Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas), com base em informações de 603 empresas, obtidas entre 1 e 24 de agosto. A pontuação vai de 0 a 200, denotando confiança ou otimismo a partir de 100.
Ana Maria Castelo, coordenadora de Projetos da Construção do FGV/Ibre, informa que a elevação da confiança ocorreu nos diversos segmentos da construção, exceto no de obras de infraestrutura, onde recuou.
“Já a confiança no segmento de Preparação de Terrenos melhorou, alavancada pela forte recuperação da carteira de contratos. O indicador que mede a evolução recente da atividade das empresas desse segmento superou os 100 pontos, passando para zona favorável e atingiu o melhor resultado desde dezembro passado. A preparação de terrenos é uma etapa antecedente do ciclo de produção; assim, esse é um indicador importante do início de novas obras”, comenta Ana Castelo.
Melhoras nos negócios
O resultado do ICST deste mês foi influenciado pelas melhoras das avaliações sobre o momento atual e sobre as perspectivas para os próximos meses.
O Índice de Situação Atual (ISACST) cresceu 0,6 ponto, para 94,6 pontos, maior nível desde janeiro deste ano (95,1 pontos). Contribuiu para esse resultado a melhora do indicador de situação atual dos negócios que subiu 1,2 ponto, para 93,9 pontos. Já o indicador de carteira de contratos ficou estável esse mês, mantendo 95,2 pontos.
No âmbito das expectativas, o Índice de Expectativas (IE-CST) aumentou 0,7 ponto, para 97,4 pontos, maior nível desde outubro de 2022 (103,2 pontos). Esse resultado se deve exclusivamente à melhora do indicador de tendência dos negócios nos próximos seis meses, que avançou 3,5 pontos, para 96,7 pontos. Por outro lado, o indicador de demanda prevista nos próximos três meses recuou 2,1 pontos, para 98 pontos.
Utilização da capacidade
O Nível de Utilização da Capacidade (Nuci) da Construção cedeu 0,5 ponto percentual (p.p.), para 79%. O Nuci de Mão de Obra e o de Máquinas e Equipamentos cederam 0,5 e 0,4 p.p., para 80,1% e 74,3%.
Infraestrutura
A piora na confiança no segmento de infraestrutura deve-se ao maior pessimismo das empresas de obras de arte especiais, responsável pela construção de pontes, viadutos etc. Por outro lado, o aumento da carteira de contratos em obras viárias alavancou a confiança das empresas do segmento, que recuperou o campo otimista.
“Lançado apenas em agosto, o novo PAC ainda não influenciou de forma positiva as expectativas de todas as empresas”, afirma Ana Castelo.
Matéria publicada no Sinduscon-SP