O ritmo de crescimento do emprego na indústria da construção voltou a desacelerar: em setembro de 2023, o setor gerou 20.941 postos de trabalho com carteira assinada, aumento de 0,79% em relação ao número de empregados no setor em agosto. No acumulado deste ano, foram 243.410 contratações (+10,06% sobre o contingente de trabalhadores em dezembro). No acumulado de 12 meses até setembro, a construção gerou 150.858 novos empregos (+6%).
Já o saldo entre admissões e demissões em todos os setores da atividade econômica no país resultou na abertura de 211,7 mil empregos em setembro. A construção gerou 9,9% desses empregos. Os dados são do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), e foram divulgados em 30 de outubro, pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
Yorki Estefan, presidente do SindusCon-SP, comenta que a desaceleração do ritmo de crescimento do emprego na construção já era esperada. “Diante da queda progressiva do número de lançamentos de novos empreendimentos imobiliários neste ano, a demanda do setor por mão de obra cresce mais lentamente”, afirma.
Em setembro, a construção foi o quarto setor que mais gerou novos empregos, atrás de serviços (+98.206 trabalhadores), do comércio (+43.465) e da indústria (+43.214) e na frente da agropecuária (+5.942). No ano, a construção manteve-se em segundo lugar (243.410 postos gerados), atrás de serviços (870.320) e seguida de indústria (230.753), comércio (144.126) e agropecuária (111.336).
Nas atividades imobiliárias do setor de serviços (incorporação imobiliária), foram abertos 737 novos empregos em setembro – aumento de 0,39% na comparação com o número de novos postos de trabalho com carteira assinada em agosto. No acumulado deste ano, foram 4.400 (+2,37% sobre o número de dezembro de 2022). No acumulado de 12 meses até agosto, foram 4.556 (+2,45%).
Estoque
Ao final de setembro, a construção empregava 2.664.144 trabalhadores com carteira assinada no país, de acordo com o Novo Caged.
Por Estados
Das vagas abertas pela construção em setembro, 4.948 situaram-se no Estado de São Paulo.
Além de São Paulo, os Estados em que o setor mais abriu novos empregos no mês foram: Rio de Janeiro (3.386), Pará (2.826), Minas Gerais (2.435) e Paraná (1.189). Houve queda no emprego em Maranhão, Rio Grande do Sul, Tocantins e Distrito Federal.
Matéria publicada no Sinduscon-SP