As projeções dos analistas do mercado financeiro para a inflação em 2021 continuam piorando, segundo Pesquisa Focus, de 24/09, do Banco Central. Diante do cenário ainda caracterizado pelas incertezas provocadas pela crise energética e riscos fiscais, as últimas projeções da pesquisa Focus indicaram alta pela 25ª semana consecutiva para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA/IBGE), indicador oficial da inflação no País.
“Em 17/09 esperava-se alta de 8,35%, agora aguarda-se elevação de 8,45%. Assim, o País deverá encerrar o ano com a maior inflação anual desde 2015, quando o IPCA atingiu 10,67%”, destaca a economista do Banco de Dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Ieda Vasconcelos.
No entanto, apesar da elevação das estimativas para a inflação, a perspectiva de crescimento da economia nacional, em 2021, manteve-se em 5,04%.
Quanto ao câmbio, a previsão é de que o dólar encerre 2021 em R$ 5,20, o que corresponde ao mesmo patamar aguardado na semana anterior (17/09).
Já quanto aos juros básicos da economia, a expectativa, no final de 2021, manteve-se em 8,25%, após a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) nos últimos dias 21 e 22/09, que aumentou a Selic em um ponto percentual (de 5,25% para 6,25% ao ano).
Importante destacar que o Copom já sinalizou mais uma alta de um ponto percentual nos juros em sua próxima reunião, que acontecerá nos dias 26 e 27/10. A Selic deverá passar para 7,25% no final do próximo mês. “Conforme a pesquisa Focus, a redução dos juros na economia brasileira acontecerá somente em 2023, salienta Vasconcelos.
Matéria publicada na Agência CBIC