A qualificação da mão de obra e a criação de uma cultura que a valorize são desafios fundamentais para a indústria da construção. Segundo o vice-presidente de Política de Relações Trabalhistas (CPRT) da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Ricardo Michelon, a evolução ampla do setor é essencial para enfrentar esses desafios.
A modificação cultural, entretanto, é um processo complexo que demanda a colaboração de diversos atores do setor. “Toda modificação que a gente pretende fazer a longo prazo passa por modificação de cultura. E obviamente que modificação de cultura é um tema que não é fácil de implantar”, disse.
Ele disse ainda que todos os players são fundamentais quando se quer implementar uma nova cultura. “Porque a gente acaba mexendo em valores, aquilo que você acredita e que se deseja, aquilo que se enxerga em relação ao setor”, explicou.
Para atingir essa transformação, é necessário que sindicatos, governo e empresas estejam alinhados e compartilhem uma visão de futuro mais conectada. “Se eles tiverem com uma visão de futuro mais conectada e alinhada, eles poderão, a partir das suas interferências e ações, estar fazendo movimentos em direção à mesma modificação de cultura”, concluiu.
O setor da construção civil, ao investir em tecnologia e na criação de um ambiente de trabalho atrativo, pode não apenas aumentar sua produtividade, mas também oferecer melhores condições de remuneração e desenvolvimento profissional para seus trabalhadores.
“A cultura de valorização da qualificação profissional, portanto, surge como um elemento central para a evolução do setor e para a construção de um futuro mais promissor”, pontuou.
Pesquisa sobre qualificação da mão de obra – Visando o tema, a CPRT irá lançar, em breve, um levantamento para entender os desafios e oportunidades em relação à qualificação da mão de obra na construção civil brasileira, com foco tanto nos empresários quanto nos trabalhadores.
Matéria publicada na Agência CBIC