Associação Brasileira da Construção

Industrializada de Concreto

Abcic Networking XI destaca sustentabilidade

No dia 1º de setembro, a ABCIC promoveu o Abcic Networking XI, uma edição especial com o tema sustentabilidade, que contou com a participação de associados e de importantes engenheiros projetistas. A Associação Brasileira de Engenharia e Consultoria Estrutural (ABECE) foi representada por seu diretor de Marketing, Tiago Carmona. Em formato presencial, o evento teve início com a engenheira Íria Doniak, presidente executiva da ABCIC, que apresentou a logotipo Abcic Sustentabilidade, que será utilizada em todos os assuntos relacionados ao tema.  
 
Ela ainda comentou que o Congresso da fib destacou essa temática e falou sobre a oportunidade de ter assistido à apresentação do GCAA (Global Cement and Concrete Association) referente ao assunto. Um dos pontos abordados foi a contribuição das áreas para zerar as emissões de carbono no segmento, sendo 22% advindos da eficiência de concepção do projeto e da construção e 11% da eficiência na produção do concreto.  
 
O presidente do Conselho Estratégico da Abcic, Felipe Cassol, ressaltou a importância do trabalho efetuado por Íria para o posicionamento da Abcic em diferentes contextos e a parabenizou por ter sido eleita vice-presidente da fib. Outra questão levantada por ele foi o planejamento estratégico da entidade, que está em fase final de elaboração, e recebeu a contribuição de diversos profissionais do setor, contribuindo para uma discussão aprofundada dos temas.  
 
Em sua avaliação, o Abcic Networking contou com a presença de renomados especialistas da engenharia brasileira: “um seleto grupo que contribuirá para transformar a construção civil nacional”. “Nossa bandeira é de união, colaboração, cocriação e, sem dúvida, a pegada de sustentabilidade. Nosso futuro é promissor e estamos vivendo um momento favorável, com a industrialização em evidência”, disse Cassol.  
 
O professor Vanderley John, da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli/USP), salientou a importância do zero carbono, devido às mudanças climáticas, que trazem um risco cada vez maior de eventos climáticos extremos, capazes de gerar uma crise econômica global. “Nosso futuro depende da redução das emissões de gases de efeito estufa”, pontuou. A seu ver, o carbono terá um custo, como já acontece em alguns países que criaram impostos/precificação do carbono. E, esse custo estará embutido nos preços dos materiais.  
 
Em sua apresentação, John comentou sobre o teor do clínquer definir o preço do cimento, sobre a madeira industrializada ter uma presença importante, mas com impacto marginal, e a importância de se medir a pegada de carbono tanto por parte das empresas como do setor, para se estabelecer metas, como é feito na indústria de cimento, que possui um benchmarking.  
 
Ele trouxe ainda alguns exemplos para diminuir a pegada de carbono no setor do concreto, como a adoção de tecnologia de aditivos, e no segmento do aço. Sobre o projeto, John afirmou que o projetista pode fazer muito, mas ainda não se sabe quanto. “Temos que discutir a temática para ver o que podemos fazer”. Para ele, é preciso desenvolver produtos de baixo carbono, medir, ganhar experiência e melhorar continuamente.  
 
Na sequência, os engenheiros Michell Silva e Luís Filipe Araújo, da ArcelorMittal, apresentaram dois produtos da companhia: vergalhões de alta resistência e o aço especial com baixa pegada de carbono. O Vergalhão ArcelorMittal 50 S XCarb™ é produzido a partir de matéria-prima reciclada e energia renovável com baixa pegada de carbono, sendo o primeiro do mercado nacional a garantir a redução das emissões de CO2 em comparação com o vergalhão tradicional. 
 
Já o vergalhão CA-50 S/AR é uma solução com alta resistência, que apresenta um limite de escoamento mínimo de 700 Mpa e resistência à tração 40% superior ao produto convencional. Com melhor desempenho, possibilita racionalização do uso do aço nas estruturas e potencial redução de concreto. O produto potencializa a industrialização, reduz os impactos ambientais e os custos, elevando a produtividade. 
 
Antes do início dos debates, o professor e engenheiro Fernando Stucchi, líder da delegação brasileira na fib, afirmou a importância da engenharia brasileira, considerando que os países em desenvolvimento por custos sempre precisaram buscar alternativas mais viáveis assegurando a segurança. Por questões de sustentabilidade este tema ganha maior relevância. Nossos projetos são mais econômicos sistematicamente”, disse. Ele contou que o Brasil tem participado ativamente do trabalho que vem sendo realizado pela fib, inclusive a convite da federação, especialmente atuando na comissão 10, responsável pelo Model Code 2020.  
 
O Abcic Networking XI contou com o patrocínio da ArcelorMittal e da Belgo Bekaert Arames, e apoio da cátedra Construindo o Amanhã. 
 
A cobertura completa do evento da ABCIC estará na edição 27 da Revista Industrializar em Concreto. 

Clique aqui para fazer download das palestras: https://abcic.org.br/Conteudo/abcic-networking 

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