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No período de crescimento mais intenso da construção civil - de 2002-2010
(4,2% ao ano) – particularmente forte entre 2006 e 2010 (8,0% ao ano) – o processo
de expansão coincide com o aumento da formalização da mão de obra na economia
como um todo e na construção. Em 2003, o segmento formal do mercado de trabalho
da construção representava 19% do total de pessoas ocupadas. Em 2009, essa parcela
do mercado já atingia 30% da população economicamente ativa do setor.
Entre dezembro de 2005 e dezembro de 2010, o número de empregados com
carteira na construção dobrou, o que representou um aumento de 15% ao ano, em
cinco anos. Uma parte desse contingente de empregados veio da informalidade e,
portanto, já fazia parte da oferta global de mão de obra para o setor, o que explica
porque o total de ocupados na construção cresce a uma velocidade menor que a
observada no mercado formal.
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5.500
6.000
6.500
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30.000
1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
PIB por trabalhador na construção - a preços constantes (R$)
Salários médio na construção - a preços constantes (R$)
Fonte: IBGE. * Valores deflacionados pelo INCC-DI.
Gráfico 2.1 - Evolução da Produtividade (PIB por Trabalhador)* e do
Salário Real na Construção, Brasil
A diminuição rápida das taxas de desemprego na economia brasileira também coincide com
o período de crescimento forte dos salários. A taxa de desemprego da mão de obra da construção
atingiu o patamar de 2,4% da força de trabalho em dezembro de 2010, o menor nível desde que
a pesquisa é realizada. Mesmo considerando que esse índice leva em conta apenas a população
das seis maiores regiões metropolitanas do país, os dados indicam que o setor está muito próximo
do pleno emprego. O reflexo foi o aumento dos salários. Conforme ilustra o Gráfico 2.2, que traz
as taxas médias trimestrais de 2008 a 2010, a redução da taxa de desemprego está relacionada à
elevação dos salários reais no setor (variação percentual em 12 meses do rendimento real).
O movimento de formalização da mão de obra na construção está fortemente relacionado
ao crescimento das empresas. É a partir de 2004 que se inicia um período de expansão em que
elas tiveram expressiva participação. Entre 2004 e 2009, enquanto o PIB da construção cresceu
21,6%, o PIB das empresas registrou elevação de 68,7%, o que representa uma taxa anual de 11% .
Fonte: IBGE.
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6,00
Rendimento Real ocupados % 12 meses
Taxa de desocupação (%), RMs
Gráfico 2.2 - Desemprego e evolução dos salários na construção, 2008 a 2010
1,2-3,4-5,6-7 10-11,12-13,14-15,16-17,18-19,20-21,22-23,24-25,26-27,28-29,...44