No dia 30 de novembro, a ABCIC promoveu o ABCIC Networking XII, que trouxe os dados da Sondagem realizada pela Fundação Getulio Vargas, a pedido da ABCIC, e uma apresentação sobre o método de maturidade do concreto. O evento presencial marcou o encerramento das atividades de conteúdo da associação em 2022.
Na abertura do evento, Felipe Cassol, presidente do Conselho Estratégico da ABCIC, ressaltou que a construção industrializada, independentemente da transição no cenário político, tem procurado uma jornada de mais estabilidade. Comentou ainda que o Conselho Estratégico validou a recomendação do Planejamento Estratégico, que será apresentado aos associados no início de 2023. Desejou um ano de 2023 de tempos ainda melhores.
O presidente do Conselho Estratégico da Abcic, Felipe Cassol, ressaltou a importância do trabalho efetuado por Íria para o posicionamento da Abcic em diferentes contextos e a parabenizou por ter sido eleita vice-presidente da fib. Outra questão levantada por ele foi o planejamento estratégico da entidade, que está em fase final de elaboração, e recebeu a contribuição de diversos profissionais do setor, contribuindo para uma discussão aprofundada dos temas.
A engenheira Íria Doniak, presidente executiva da ABCIC, falou sobre a participação da entidade no grupo Construção é + que vem sendo liderado pelo presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins. O grupo está debatendo com parlamentares e a equipe de transição. “Nós evoluímos muito em termos de industrialização dentro do Ministério da Economia, através do Projeto Construa Brasil. Por isso, queremos que haja continuidade no próximo governo das ações em defesa e em prol da industrialização. Essa é uma das bandeiras do grupo”, disse.
A economista Ana Maria Castelo, coordenadora de projetos de construção da FGV, apresentou a sondagem, que mostrou que a produção do setor de pré-fabricados de concreto cresceu 32% em 2021 ante o ano de 2020, m relação à 2019, a produção, em 2021, obteve uma alta de 32,4%. O resultado positivo se deve a mudança qualitativa em direção à industrialização.
A pesquisa da FGV com os associados da ABCIC concluiu ainda que o setor alcançou um volume de produção em 2021 mais de 77 mil m³, com consumo de 266,3 mil toneladas de cimento e 133,7 mil toneladas de aço. São 7,7 mil empregados no setor. Em relação ao consumo de cimento e de aço houve um aumento na ordem de 20% e 93%, respectivamente, em 2021 na comparação com 2020.
O engenheiro Roberto Curra, da Curra Engenheira, tratou do tema “Método da Maturidade: A Resistência do Concreto na Obra”. Ele trouxe exemplos de obras que utilizaram o método, assim como de consultorias feitas no Brasil, que contribuíram para aferir a resistência do concreto, reduzindo custos e garantindo a qualidade e durabilidade da construção.
Ele apresentou ainda o sistema de monitoramento de temperatura da Con-Cure, o NEX, que fornece em tempo real a temperatura do concreto, por serem feitas no local. Com isso, há a diminuição de custos e de tempo, menos mão de obra e decisões mais rápidas devido aos alertas que são emitidos pela ferramenta.
Curra explicou que o aparelho faz três mais vezes leituras do que as ferramentas tradicionais, gerando seis vezes mais informações que o mínimo necessário. Conta com três sensores, que podem ser colocados, inclusive, para fazer correlação entre a temperatura ambiente e da obra. “Isso propicia um maior gerenciamento da obra, pois se cria uma curva de maturidade”.
O Abcic Networking XII contou com o patrocínio Con-Cure.
A cobertura completa do evento da ABCIC estará na edição 27 da Revista Industrializar em Concreto.
Clique aqui para fazer download das palestras: https://abcic.org.br/Conteudo/abcic-networking