No dia 7 de dezembro, aconteceu o 95º ENIC Política e Estratégia, com o tema “O futuro da construção: competitividade e sustentabilidade”, com a participação de autoridades, parlamentares, presidentes e representantes de entidades setoriais, gestores, presidentes e profissionais de construtoras e da cadeia da construção, e membros da academia.
A solenidade de abertura contou com a participação da engenheira Íria Doniak, presidente executiva da ABCIC, e com os discursos do presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins, e do vice-presidente da República, general Hamilton Mourão.
Martins ressaltou a importância da formação do grupo Construção é +. “Estamos iniciando uma caminhada para que a construção civil ocupe o espaço de direito que deveria ter no contexto da economia e da sociedade. Nosso objetivo é trabalhar para proporcionar uma vida melhor para as pessoas. Com isso, teremos uma construção muito maior do que é hoje”, explicou.
Para ele, as instituições brasileiras cresceram nos últimos anos e a cada debate ou disputa o país se sai melhor. Contudo, é preciso ter firmeza para lutar pelo espaço da construção civil que em termos de mercado se mantém em um patamar menor do que em países como os Estados Unidos. “Por isso, temos uma janela de oportunidades enorme. Estamos organizados, unidos, em um grupo muito coeso, que trabalha em prol de um bem comum, que vai ajudar o nosso setor a galgar pontos mais altos, porque é o que o Brasil precisa. Temos que pensar grande”, afirmou.
Ele destacou ainda que o setor da construção civil gera empregos, é inclusivo e precisa se manter competitivo, com a sustentabilidade como foco. Além disso, é necessário trabalhar dois pontos: a infraestrutura menor, ou seja, aquela complementar as grandes obras estruturantes, e outras formas de financiamento no setor imobiliário.
O vice-presidente da República enalteceu a construção civil, ao dizer que o setor sempre foi um dos motores do desenvolvimento do Brasil e exerce papel fundamental nessa retomada do emprego e crescimento da economia no período pós-pandemia. Falou ainda sobre a proposta de transformação profunda da realidade brasileira, por meio conformação do novo ambiente de negócios do nosso país, que trouxe segurança e estabilidade, resultando na construção de um ambiente econômico mais eficiente e competitivo.
Em seu pronunciamento, Mourão mencionou o compromisso do governo com uma agenda de modernização econômica, digitalização e desburocratização; a importância do investimento privado para o crescimento sustentável do país e para um ambiente de inovação e tecnologia; e o trabalho realizado para aprovação das reformas estruturantes, como a nova previdência.
Outros pontos tratados por ele foram o conflito entre Rússia e Ucrânia que se tornou uma variável na economia mundial, a medida protecionista da União Europeia frente ao agronegócio brasileiros e a China como um protagonista no cenário global. “Encerraremos o ano com superávit em nossas conta. Não concluímos nossos planos, mas desejo que nos próximos quatro anos haja significativas mudanças para aumento da produtividade, com reformas estruturantes, privatização das empresas que não são sustentáveis. Assim, teremos condição de fazer nosso país sair da armadilha da renda média desde os anos 80”.
Ainda participaram da abertura, os presidente das Anamaco, Geraldo Defalco, Abravidro, José Domingos Seixas, Abividro, Lucien Belmonte, Abramat, Rodrigo Navarro, e Afeal, Alberto Cordeiro.
A cobertura do ENIC estará na edição 27 da Revista Industrializar em Concreto.