No Brasil, o tema ESG ganhou tração no último ano. Na visão da XP, a empresa do futuro é aquela que cuida de todos, não somente de seus acionistas. As companhias de capital aberto correm para apresentar parâmetros ESG em seus relatórios. Entretanto, ainda existe dificuldade na apresentação e interpretação desses dados, uma vez que ainda não há um padrão para as métricas ambientais, sociais e de governança. Esse fator abre espaço para o chamado "greenwashing", quando uma empresa apenas tenta se passar por sustentável, mas sem estar verdadeiramente comprometida com as mudanças.
A consultoria PwC e o Instituto Brasileiro de Auditores Independentes (Ibracon) produziram uma pesquisa com 78 companhias do Ibovespa. Dessas, 67 emitiram esse tipo de relatório, mas somente 30% desses documentos foram verificados por auditorias independentes. Outros 27% foram assegurados por assessorias ou por outros profissionais. A maioria (48%) não foi assegurada ou verificado por nenhuma instituição. De acordo com Fabio Alperowitch, gestor da Fama Investimentos, a não verificação acontece não só nas empresas brasileiras, mas no exterior, e deixa os relatórios bastante vulneráveis.
De forma prática, a ação sustentável está em identificar quais são os fatores de maior impacto social, ambiental e de governança para cada negócio e atacar esses pontos.
Nos relatórios de sustentabilidade também estão presentes os chamados ‘temas materiais’, ou seja, as prioridades ESG de cada empresa ou fatores de sustentabilidade cruciais a serem melhorados no negócio. O estudo da PwC revela que 91% dos relatórios citam ‘Condições de Trabalho e Capacitação’ como temas materiais. ‘Ética e Integridade’ (anticorrupção) também aparecem com frequência (84%), assim como a ‘Satisfação dos Clientes’ (70%). O tópico de ‘Diversidade e Inclusão’, porém, tem um peso menor e só aparece entre as prioridades para 55% das empresas do Ibovespa, mesmo sendo uma demanda histórica no País.
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