O presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins, moderou importante painel destinado a trazer investimentos para empreendimentos imobiliários no país, por ocasião do Brasil Investment Forum 2022 (BIF 22), organizado pela ApexBrasil, Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e Governo Federal.
No painel “REAL STATE – Oportunidades de Investimento no Mercado Imobiliário Brasileiro”, Martins ressaltou que o evento é o começo de uma grande caminhada para que o país possa mostrar ao mundo a pujança e a força do seu REAL STATE e de tudo que o mercado ainda pode oferecer.
Os representantes das empresas comentaram suas experiências em investir no Brasil, o porquê de terem escolhido o país para investir e os maiores entraves encontrados.
O secretário Especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados do Ministério da Economia, Diogo Mac Cord de Faria, abordou as recentes mudanças realizadas na Secretaria do Patrimônio da União (SPU), que já garantem visualizar os dados dos imóveis disponíveis, bem como mecanismos criados para que possam ser vendidos de forma transparente e competitiva. Além disso, citou a nova forma de venda de imóvel, que está para ser publicada em portaria, que são os fundos imobiliários, assim como sobre os imóveis centrais. “A localização do imóvel é um artigo valiosíssimo”, salientou.
Diogo Faria também informou que há quatro linhas de projetos na Secretaria, como as de Regularização fundiária e de Fundos Imobiliários.
Dietrich Heidtmann, managing director da GTIS Partners, empresa americana há 17 anos no Brasil, ressaltou a boa oportunidade de investir no mercado brasileiro. “Em 2022, a gente já investiu até agora mais de R$ 7 bilhões”, disse.
“Um dos grandes desafios é priorizar o ESG e mostrar o quanto o Brasil é bonito”, frisou Dietrich Heidtmann.
Emilio Izquierdo Merlo, CEO da MARAEY, há 12 anos no Brasil, destacou que a empresa teve todo o apoio das autoridades, tanto local quanto do governo federal, para o desenvolvimento residencial de turismo e do mercado residencial no Brasil.
Já Hugo Pierre Furtado, CEO Founder Growth Tech, salientou que o futuro do mercado imobiliário passa pelo blockchain, por trazer novas oportunidades de negócios e proporcionar uma transferência de concorrência única, principalmente no mercado imobiliário, dado o valor dos seus ativos.
Na avaliação de Martins, o evento confirma as oportunidades existentes no país, com um mercado mais profissional e mais exigente, e com um mercado comprador. Além disso, citou transformações importantes, como a aprovação da MP dos Cartórios e a MP da Construção, que vai solucionar muitos entraves em terrenos centrais, assim como o programa de desmobilização do patrimônio da União.
“Nós começamos através de um amadurecimento, com as empresas de capital aberto, com a entrada de fundos. Agora, o “G” do ESG passou a ser fator fundamental para o mercado. Acho que tudo isso é um processo evolutivo. A partir desse arcabouço legal, vamos construir um mercado imobiliário maior para o Brasil”, frisou Martins.
Matéria publicada na Agência CBIC