Dados da Economia Brasileira na semana:
• Boletim Focus (Banco Central): mediana das expectativas do mercado referente a 08 de julho indica que o IPCA de 2022 deve encerrar em 7,67%, redução de 0,29 p.p. na comparação com o resultado da apuração anterior (7,96%). O centro da meta de inflação para 2022 é de 3,50%, podendo variar entre 2,00 e 5,00%. Para o PIB, o relatório aponta melhora nas expectativas do mercado, sendo esperado um crescimento de 1,59% da atividade do país no ano. Já a expectativa para a taxa de câmbio apresentou leve depreciação, sendo esperado que encerre o ano em R$/US$ 5,13. Por fim, a mediana das perspectivas quanto à taxa SELIC permanece em 13,75% a.a.
• Índice Geral de Preços – Mercado/IGP-M (Ibre/FGV): O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) aumentou 0,28% na primeira prévia de julho, ante aumento de 0,59% no mês anterior.
• Índice de Confiança do Empresário Industrial/ICEI (CNI): Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) encerrou em 61,0 pontos no mês de julho, dado com ajuste sazonal. O indicador diminuiu 2,2 pontos na comparação com o mês de junho (63,2 pontos). O nível de confiança do empresariado industrial brasileiro atingiu 67,6 pontos no mês de junho de 2021. Resultados acima de 50,0 pontos indicam otimismo e abaixo de 50,0 pontos indicam pessimismo.
• Índice de Atividade Econômica do Banco Central/IBC-BR (Banco Central): o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), indicador que é uma proxy do PIB mensal, caiu 0,11% em maio, após recuo de 0,64% no mês de abril, dados livres de influência sazonal. Este resultado veio abaixo da expectativa do mercado, que era de aumento de 0,20% na mediana das projeções.
Síntese da semana:
Os indicadores de atividade divulgados ao longo desta semana, por um lado, sinalizaram um desempenho mais fraco do que era esperado pelo mercado para o IBC-Br e o setor varejista. Por outro, mostraram resiliência para o setor de serviços. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), indicador que é uma proxy do PIB mensal, caiu 0,11% em maio, sendo que as expectativas sinalizavam crescimento de 0,20% na mediana das projeções. Na mesma linha, o volume de vendas no comércio varejista ampliado no mês aumentou 0,2%, enquanto a mediana das expectativas era de crescimento de 1,7%. Já o setor de serviços avançou 0,9% no mês de maio em relação ao mês de abril. Este resultado veio acima da expectativa do mercado (+0,2%) e marca o terceiro resultado positivo do setor nos últimos quatro meses. O crescimento mais forte do setor nos últimos meses deve contribuir positivamente para o resultado do PIB no segundo trimestre.
Esse resultado mais robusto do setor de serviços, somado a uma demanda mais aquecida, estão favorecendo as expectativas de crescimento para 2022. Conforme sinaliza o boletim focus, o mercado projeta um crescimento do PIB no ano de 1,59%. O setor externo pode contribuir com esse resultado. A balança comercial registrou superávit de US$ 36,8 bilhões no acumulado total do ano até a segunda semana de julho. Em contrapartida, refletindo o fim dos estímulos fiscais, e, sobretudo, o aperto monetário, a expectativa de crescimento do PIB caminha para perto de zero em 2023. Para o nível de preços, a expectativa é de que o IPCA encerre em 7,67% no ano. Na primeira prévia de julho, o IGP-M aumentou 0,28%, ante aumento de 0,59% no mês anterior. Portanto, o crescimento da economia em 2022 não deverá ser espraiado e não deve se sustentar para o próximo ano.
Boletim publicado pela FIESP