Os três setores que compõem a cadeia de construção (infraestrutura, infraestrutura de base e construção civil e incorporação imobiliária) devem somar investimentos da ordem de R$ 2,7 trilhões até 2030, é o que aponta o estudo Produtividade e Oportunidades para a Cadeia da Construção Civil elaborado pela Deloitte e divulgado pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC).
A ABCIC foi representada pelo diretor de Marketing, Wilson Claro, e a engenheira Íria Doniak, presidente executiva da entidade participou com os depoimentos do estudo, enquanto os associados da ABCIC participaram dos resultados do trabalho da Deloitte.
O estudo prevê que, deste montante, R$ 312,8 bilhões devem vir diretamente das obras de construção e incorporação imobiliária. O levantamento ainda destaca alguns dos principais avanços da cadeia produtiva da incorporação imobiliária e como ela deve se desenvolver nos próximos anos.
Estes novos investimentos serão construídos a partir de uma interface cada vez mais alinhada às novas tecnologias e práticas sustentáveis, com os primeiros reflexos já aparecendo. Atualmente, 38% das empresas do setor da construção e incorporação investem em parcerias com startups e 83% delas têm colaboração com as construtechs. Neste caminho sem volta, as empresas do setor ainda devem aumentar em 10% os investimentos em tecnologia.
Um outro destaque do estudo foi a constatação do aumento da escolaridade dos profissionais da construção civil. Para manter os ganhos de produtividade e estimular novos investimentos, o setor deve adotar cada vez mais métodos e parâmetros ao mensurar seus ganhos de eficiência.
Na avaliação do presidente da ABRAINC, Luiz França, o trabalho desenha ferramentas e parâmetros que vão mensurar ganhos de eficiência e produtividade em projetos do setor. Ele lembra que a incorporação imobiliária e a construção civil envolvem múltiplos processos produtivos e medir a produtividade envolve compreender os fatores que impactam o setor para buscar melhorias, já que este eixo é fundamental para o sucesso dos projetos e investimentos. “O estudo é uma forma de entender mais sobre a produtividade do setor, medir novos indicadores. Trata-se de um trabalho de grande valia para a incorporação imobiliária e a construção civil, pois a troca de informação e o diálogo com todos os elos que nos envolvem são caminhos para aumentar a competitividade e oferecer serviços de qualidade”, afirma.
O diretor de pesquisa e inteligência da Deloitte, Giovanni Cordeiro, ponderou que o trabalho permite a previsibilidade do comportamento da cadeia produtiva da construção para os próximos anos, incluindo o montante em investimentos. Ele ainda destacou que o setor caminha cada vez mais na vanguarda tecnológica. “Nos últimos anos, foram registrados grandes avanços no campo tecnológico com a busca de parcerias junto a empresas de tecnologias como startups e construtechs”, destacou.
Matéria publicada na Abrainc