Em entrevista o Broadcast Político, o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins, disse que a principal urgência do País é destravar o Orçamento para permitir o investimento público em obras, como o programa de habitação popular Casa Verde e Amarela.
“Tem um orçamento de R$ 5 trilhões, do qual foi destinado ao programa Casa Verde e Amarela R$ 83 milhões e R$ 2 bilhões para o Dnit fazer e conservar estradas. Nesse patamar de investimento, não tem continuidade de programas e atendimento às demandas sociais. Jogaram tudo para emendas parlamentares. Com isso, acabaram-se as políticas de Estado, virou uma política paroquial”, disse Martins.
Ele vê a reforma administrativa como saída para recuperar a capacidade de o setor público investir, antes da reforma tributária.
Entre as dificuldades fiscais e a necessidade de infraestrutura do Brasil, ele conta que todos prometem que vão fortalecer o investimento e a habitação popular, mas “ninguém diz como”. “Nenhum dos candidatos tem algo palpável, algo que eu possa dizer: acreditem nisso porque vai acontecer”.
Martins ainda ressaltou que o avanço sempre é necessário, mas às vezes é menos importante que o retrocesso. “Houve avanços, principalmente na parte de relações trabalhistas e na parte ambiental. Na parte ambiental, sem afrouxar, agilizou as licenças ambientais. O padrão anterior era não dizer nem que sim nem que não e não saía. Queremos segurança. Quanta gente quebrou a cara trazendo investimento estrangeiro, botou dinheiro, tudo certinho, tudo licenciado. De repente, para tudo. Porque ao ficar discutindo por dez anos, já perdeu o timing, o dinheiro virou custo. Como explicar ao investidor no exterior que ele tinha toda a documentação certa e, ao fim, não tinha nada”, explicou.
Confira entrevista completa no Broadcast Político