O desempenho da Construção Civil nos primeiros seis meses de 2022 e as perspectivas para o segundo semestre foram temas de destaques na live “CBIC Economia, com a economista da entidade, Ieda Vasconcelos.
O estudo divulgado pela CBIC sobre esse assunto foi um dos pontos abordados pela economista. Ieda iniciou destacando os resultados do PIB do primeiro trimestre do ano, quando a Construção cresceu 0,8% em relação aos últimos três meses de 2021, na série com ajuste sazonal, o que significou uma sequência de sete trimestres consecutivos de crescimento.
Os resultados positivos permaneceram no período de abril a junho, com destaque no mercado de trabalho. Dados da Sondagem da Construção, realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), com o apoio da CBIC, demonstram que o setor encerrou o período de janeiro a junho/22 com crescimento no seu nível de atividade. O estudo é muito importante, segundo Ieda, porque traz a percepção dos empresários do setor, e aborda indicadores como nível de atividades, confiabilidade e perspectivas de novos investimentos.
“A Sondagem demonstrou incremento na atividade de todos os segmentos do setor. Na construção de edifícios o patamar médio do primeiro semestre de 2022 foi o melhor desde 2010. As obras de infraestrutura e os serviços especializados para construção registraram o melhor desempenho desde 2012. Este estudo é relevante pois também capta as expectativas dos empresários para os próximos meses tanto em relação a novos empreendimentos e serviços, como também na compra de insumos e na geração de novos empregos. E os resultados demonstram que os empresários mantém as expectativas positivas para esses itens”, destacou a economista.
Com esse desempenho, é possível perceber o reflexo positivo no mercado de trabalho do setor. De acordo com dados divulgados na última quinta-feira (28), pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), no primeiro trimestre/2022, o setor gerou mais de 184 mil novas vagas de emprego com carteira assinada, sendo o melhor resultado dos últimos 10 anos. Apenas em junho/2022, foram mais de 30 mil novos postos de trabalho.
“A economista também destacou que o aumento no preço dos insumos continuou, pelo oitavo trimestre consecutivo, sendo o principal problema enfrentado pela Construção. Nos primeiros seis meses de 2022, destacaram-se aumentos nos preços do cimento, massa de concreto, pedra britada, argamassa, entre outros. Segundo Ieda, o custo da construção continua em patamar elevado e muito forte, preocupando os empresários para construção para o segundo semestre.
Matéria publicada na Agência CBIC