Associação Brasileira da Construção

Industrializada de Concreto

CBIC lança Guia para Desenvolvimento e Adoção de Plataformas de Produto na Construção

A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), lançou a primeira parte do Guia de Desenvolvimento e Adoção de Plataformas de Produto na Construção. O material faz parte do Projeto Construção 2030, uma iniciativa estratégica que busca modernizar a construção civil no Brasil por meio da adoção de novas tecnologias, industrialização e inovação na cadeia produtiva. O projeto visa transformar o setor, tornando-o mais eficiente, sustentável e alinhado com as melhores práticas globais.

O Projeto Construção 2030 foi lançado em 2018 e tem como objetivo preparar o setor para os desafios tecnológicos, ambientais e econômicos do futuro. A iniciativa foca em quatro pilares principais: 
– Aumento da produtividade: otimização de processos construtivos e redução de desperdícios;
– Sustentabilidade: adoção de práticas mais ecológicas e eficientes;
– Segurança no trabalho: implementação de novas tecnologias para melhorar as condições no canteiro de obras;
– Industrialização: incentivo ao uso de sistemas construtivos modulares e pré-fabricados.

Dentro desse contexto, a adoção de Plataformas de Produto é uma estratégia central para garantir maior eficiência e integração na cadeia de produção.

 O que são Plataformas de Produto?

As plataformas de produto são sistemas que permitem a padronização, modularização e integração de componentes e processos construtivos. Essa abordagem possibilita maior eficiência, redução de custos e melhoria na qualidade das construções, garantindo previsibilidade e produtividade no setor.

A metodologia das plataformas de produto segue um modelo que combina:
– Núcleo estável de baixa variabilidade: componentes essenciais padronizados para garantir consistência e eficiência;
– Componentes periféricos de alta variabilidade: elementos customizáveis que permitem a adaptação às necessidades específicas dos projetos;
– Interface padronizada: conexão entre os diferentes módulos, garantindo interoperabilidade e inovação contínua.

O uso dessas plataformas já é uma realidade em setores como a indústria automotiva e a manufatura, e agora a construção civil começa a adotar essa abordagem para aumentar sua competitividade.

Segundo o vice-presidente de Materiais, Tecnologia, Qualidade e Produtividade da CBIC, Dionyzio Klavdianos, a implementação de plataformas de produto é um passo essencial para a modernização da construção civil no Brasil.

“A fragmentação do setor é um grande desafio, e a adoção dessas plataformas possibilita uma maior integração entre os agentes da cadeia produtiva, resultando em mais eficiência e competitividade”, destacou.

Entidades participantes

O guia foi elaborado com a participação de diversas entidades do setor da construção civil, incluindo:

•    ABC Modular – Aliança Brasileira para a Construção Modular
•    ABCEM – Associação Brasileira da Construção Metálica
•    ABCIC – Associação Brasileira da Construção Industrializada de Concreto
•    ABCP – Associação Brasileira de Cimento Portland
•    ABRAINC – Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias
•    ABRAMAT – Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção
•    ANTAC – Associação Nacional de Tecnologia do Ambiente Construído
•    ASBEA BR – Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura
•    BIM Fórum Brasil
•    C3 – O Clube da Construção Civil
•    CBCA – Centro Brasileiro da Construção em Aço
•    SECOVI-SP
•    SENAI CIMATEC
•    SENAI Nacional
•    SINDUSCON BA, PE, PR e RS
 
Benefícios e desafios

O guia apresenta uma análise detalhada sobre as vantagens da adoção de plataformas abertas de produto, como:
– Aumento da produtividade: redução de retrabalho e maior previsibilidade nos projetos;
– Redução de custos: otimização da produção e economia de escala;
– Sustentabilidade: menor desperdício de materiais e aproveitamento de recursos;
– Interoperabilidade: facilitação da integração de diferentes sistemas e fornecedores.

Apesar dos benefícios, a transição para esse modelo também enfrenta desafios, como a necessidade de mudança cultural no setor, a fragmentação da cadeia produtiva e o alto investimento inicial para adoção de novas tecnologias.

 O futuro da industrialização na construção civil

A segunda parte do guia será desenvolvida ao longo de 2025, com um enfoque prático na implementação das plataformas. O objetivo é detalhar as transformações necessárias nos três domínios da construção civil:
– Clientes: incentivo à demanda por produtos e serviços industrializados;
– Empresas de projeto e construção: adoção de novos modelos de negócios baseados em plataformas;
– Empresas de materiais e sistemas: desenvolvimento de componentes padronizados para integração com as plataformas.

Com essa iniciativa, a CBIC reforça seu compromisso com a inovação e a modernização do setor, promovendo soluções que aumentem a eficiência, a segurança e a qualidade das obras no Brasil.

Matéria publicada na Agência CBIC

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