Por Maurício L. G. Garcia*
Certamente, a resposta para se obter um melhor desempenho do concreto passa pela seleção rigorosa e pela correta proporção de seus elementos constituintes.
Neste processo, um dos principais objetivos é a redução da quantidade de água utilizada, o que permite aumentar a resistência e melhorar a durabilidade do concreto.
Além disso, torna possível baixar a quantidade de cimento utilizado, reduzindo o custo financeiro e o impacto ambiental. Para isso, usamos os aditivos redutores de água.
Outro ponto importante de melhoria nos concretos que é obtido com o uso de aditivos é o aumento do tempo de trabalhabilidade.
Isso é fundamental, uma vez que o tempo entre a produção do concreto e o seu uso efetivo vem aumentando, seja pela distância entre a concreteira e a obra ou em função do tráfego, sobretudo nas grandes cidades.
Com esse intuito, utilizamos aditivos retardadores ou controladores de hidratação.
Demanda importante, a velocidade de construção exige que o concreto apresente ganhos de resistência nas primeiras horas, como em indústrias de pré-moldados e nas construções em paredes de concreto, por exemplo. Neste caso, podemos utilizar os aditivos aceleradores.
A preocupação crescente com os recursos naturais tem motivado o uso racional de materiais, no qual recursos anteriormente descartados são aproveitados com êxito na produção do concreto.
O que antes representava um desafio, hoje é superado com o uso de aditivos, como por exemplo, o uso de incorporadores de ar ou modificadores de viscosidade para a correção de agregados com curvas granulométricas deficientes.
Outro exemplo interessante é o uso de aditivos específicos para tratamento de agregados contaminados com argilas.
Esses são apenas alguns dos aditivos existentes. Existem diversos outros exemplos onde o uso dos aditivos é essencial para o sucesso.
*Maurício L. G. Garcia membro da Câmara de Aditivos do IBI (Instituto Brasileiro de Impermeabilização)
Matéria publicada na Grandes Construções