A Câmara Brasileira da Indústria (CBIC) transmitiu a primeira live de 2022 com a economista da entidade, Ieda Vasconcelos. A especialista conversou com os internautas sobre os indicadores econômicos e as principais notícias do setor da construção.
Durante a live, Ieda destacou o forte aumento dos custos com materiais de construção registrado nos últimos dois anos. Neste período, o aço, por exemplo, apresentou crescimento superior a 90%. Outros produtos como PVC e material elétrico, também tiveram aumentos substanciais. Apesar do alto custo, a construção deverá registrar, em 2021, crescimento de cerca de 8%, o que será o maior dos últimos 10 anos, destacou a economista. Para 2022, ainda persiste a preocupação com o incremento nos custos do setor. Além dos insumos, deve-se observar maior pressão também no custo da mão de obra, em função da inflação mais forte registrada no ano passado, concluiu Ieda Vasconcelos.
A economista destacou, também, a publicação do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) divulgado nesta sexta-feira (11). O indicador, que tem o objetivo de ser uma antecipação do Produto Interno Bruto (PIB), sinalizou que a economia brasileira cresceu 4,5% em 2021, depois de ter registrado queda de cerca de 4% em 2020, em função da chegada da pandemia no País.
A economista ainda ressaltou que não é só o Brasil que vivencia um processo de inflação mais elevada e chamou a atenção para o resultado da inflação americana no ano passado (7%), o maior patamar dos últimos 40 anos.
Particularmente em 2021, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial da inflação no Brasil, aumentou 10,06%. Alguns fatores como a crise energética, o aumento no preço dos combustíveis e o incremento nos preços das tarifas de energia elétrica ajudam a explicar esse resultado. Nesta semana, dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), demonstram que o IPCA aumentou 0,54% em janeiro/22, enquanto, em dezembro/21 foi de 0,73%.
A respeito das elevações da taxa Selic a economista destacou que ainda se espera mais elevação sendo que ela pode chegar em torno de 12% no final do ciclo de altas. Ieda Vasconcelos destacou o quanto esses aumentos são prejudiciais para o nível de atividade econômica do País.
Matéria publicada na Agência CBIC