Associação Brasileira da Construção

Industrializada de Concreto

Construção civil reduz índices de acidentes de trabalho no país

A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) disponibiliza mais um importante trabalho para o setor da construção. O estudo “Análise de dados históricos de acidentes de trabalho na indústria da construção no Brasil” aferiu 10 anos de dados da Previdência Social (2010 a 2019) sobre acidentes de trabalho e doenças ocupacionais e a sua relação com a mortalidade desses trabalhadores e concluiu que a construção tem melhorado seus índices de redução de acidentes de trabalho.

Desenvolvido pelo médico e especialista em Segurança e Saúde do Trabalho, Gustavo Nicolai, o resultado do estudo tem interface com o projeto “Acidentes de Trabalho na Indústria da Construção” da Comissão de Política de Relações Trabalhistas (CPRT) da CBIC, em correalização com o Sesi Nacional.

O material soma esforços às iniciativas do setor da construção para reduzir o índice de acidentes no trabalho, como a da Semana CANPAT Construção, realizada pela CPRT/CBIC, em parceria com a Subsecretaria de Inspeção do Trabalho (SIT), do Ministério do Trabalho e Previdência, o Serviço Social da Indústria (SESI) e os Serviços Sociais da Indústria da Construção (Seconcis).

A CPRT/CBIC tem reforçado em suas ações que o trabalhador da construção não é patrimônio e não representa custo, mas é sim um parceiro do setor e do Brasil.

Os dados de acidentes mais efetivos no setor serão utilizados para tornar mais eficaz a atuação da indústria da construção na redução de acidentes. “O levantamento servirá para nortear as ações de prevenção de acidentes de trabalho que serão objeto de campanhas e articulações públicas e privadas a serem empreendidas”, frisou o presidente da CPRT/CBIC, Fernando Guedes.

“Quando a gente fala em segurança e saúde do trabalho, estamos tratando do bem-estar do trabalhador para que ele possa ter um trabalho seguro, sadio e produtivo e que, no fim do dia, volte para casa bem e saudável para viver sua vida com tranquilidade junto à sua família. É isso que nós queremos proporcionar ao trabalhador e à sociedade”, destacou.

No estudo, foram avaliadas as 10 atividades econômicas com maiores sinistralidades, utilizando as seções da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE). A partir dos dados dos Anuários da Previdência Social e sua evolução temporal no período de 2010 a 2019, foram analisados os dados de acidentes de trabalho, doenças do trabalho, incapacidade temporária, incapacidade permanente, letalidade e mortalidade.

Considerando os dados de Acidentes de Trabalho Típicos, a construção obteve a 6ª posição em relação às demais seções analisadas. Para as Doenças do Trabalho, ocupou a 7ª posição, entre as 10 principais seções.  Em alguns casos, como no de Acidentes de Trabalho Típicos, os valores encontrados para a seção da Construção foram menores do que a metade dos valores da seção que figura na primeira posição, avalia o consultor Gustavo Nicolai.

O estudo permitiu estratificar o peso das doenças e dos acidentes, possibilitando a análise dos dados para entender quais os dias da semana e os meses do ano em que há mais ocorrências, as partes do corpo mais atingidas, e os acidentes mais frequentes quando é típico e quando é de trajeto.

“O grande passo foi mapear onde o setor se encontra para que possa planejar estratégias e estabelecer metas para os ambientes de trabalho, bem como implementar ações efetivas para melhorar os resultados e mitigar os riscos de acidentes nos próximos anos”, ressalta o especialista.

Matéria publicada na Agência CBIC
 

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