O Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) da construção atingiu 56,4 pontos em agosto, um avanço de 2,7 pontos em relação a julho. O avanço é o quarto consecutivo desde abril: o índice acumulou alta de 6,4 pontos no período, e se encontra 2,4 pontos acima da média histórica da série.
Os dados são da Sondagem da Indústria da Construção da CNI (Confederação Nacional da Indústria), com base em informações de 348 empresas, sendo 130 pequenas, 147 médias e 71 grandes, colhidas entre 1º e 9 de agosto. A pontuação vai de 0 a 100, denotando confiança ou otimismo a partir de 50.
O crescimento da confiança do empresário industrial se deu principalmente em função do avanço do Índice de Condições Atuais, que no início de agosto entrou em campo positivo pela primeira vez desde dezembro de 2022, passando a 50,9 pontos.
Este resultado foi puxado pela melhora do indicador das condições atuais das empresas, que, em agosto, também registrou o primeiro resultado positivo no ano. Já o índice de Condições Atuais da Economia Brasileira, apesar de avançar desde maio, ainda denota pessimismo, abaixo dos 50 pontos.
O Índice de Expectativas, outro componente do Icei, também avançou, alcançando os 59,1 pontos. Os índices de expectativa da economia brasileira e das empresas, que compõem o indicador, avançaram no campo positivo.
Expectativas otimistas
No início de agosto, a expectativa sobre o nível de atividade do setor se manteve estável em 55 pontos, 1,3 ponto acima da média histórica.
Para as expectativas de novos empreendimentos e serviços, houve avanço de 1,8 ponto, passando o indicador para 54,5 pontos, 1,5 ponto acima de sua média histórica.
As expectativas de compras de insumos e matérias primas e de número de empregados apresentam percepções otimistas mais intensas e difundidas entre as empresas.
O indicador de compras de insumos atingiu os 55,7 pontos. Já o do número de empregados atingiu 56 pontos. Os valores se encontram 3,1 e 4,3 pontos acima das respectivas médias históricas.
Intenção de investimento
O indicador de intenção de investimento manteve-se praticamente estável, em 45,9 pontos, com declínio de 0,1 ponto. O valor corresponde ao mesmo patamar praticado em agosto de 2022. O patamar permanece 9 pontos acima da média histórica da série, de 36,9 pontos.
Atividade cai
Em julho, o índice de evolução do nível de atividade da indústria de construção atingiu os 48,7 pontos. O indicador recuou 1,2 ponto no mês, entrando em terreno negativo após meses de estabilidade: o índice oscilava abaixo, mas muito próximo da linha divisória desde março, e em julho se afastou desse patamar, indicando redução no nível de atividade.
Ainda assim, o indicador se encontra 1,1 ponto acima da média dos meses de julho da série histórica (47,6 pontos) e 2,5 pontos acima da média histórica do indicador (46,2 pontos).
Em julho, o indicador de número de empregados da indústria de construção também recuou. O índice alcançou os 49,7 pontos, ficando abaixo dos 50 pontos pela primeira vez em quatro meses. Apesar de se encontrar no campo negativo, o índice de julho de 2023 ainda se encontra muito próximo à linha dos 50 pontos, o que indica estabilidade, e permanece 4,6 pontos acima da média histórica da série, de 45,1 pontos. O valor ainda é 3,6 pontos superior à média histórica dos meses de julho da série, de 46,1 pontos.
Utilização da capacidade
Em julho, a Utilização da Capacidade Operacional (UCO) atingiu 68%, após avanço de 1 ponto percentual (p.p.) em relação a junho.
Em 2023, a trajetória do indicador se aproxima da realizada em 2022, período no qual andou em patamar elevado em relação às médias mensais da série histórica. O índice de julho se encontra acima da média do mesmo mês da série histórica, de 62%.
Matéria publicada no Sinduscon-SP