Revertendo quatro meses consecutivos de queda, o Índice de Confiança do Empresário da Indústria da Construção (Icei) subiu 2,1 pontos em fevereiro, para 51,7 pontos. O indicador ficou 4,9 pontos abaixo do patamar de fevereiro de 2022, mostrando que a confiança do setor, embora tenha retornado, está menor e menos disseminada que há um ano.
Os dados são da Sondagem Nacional da CNI (Confederação Nacional da Indústria) e foram obtidos a partir de informações de 343 empresas, sendo 134 pequenas, 137 médias e 72 grandes, entre 1 e 9 de fevereiro. A pontuação vai de 0 a 100, denotando satisfação ou otimismo a partir de 50.
O indicador foi “puxado” em fevereiro por todos os índices de expectativas, que em janeiro denotavam pessimismo. O índice de expectativa do empresário em relação ao nível de atividade avançou 5,2 pontos, atingindo 54,8 pontos. O de expectativa de novos empreendimentos e serviços avançou 5,5 pontos, para 53,4 pontos. Na comparação com fevereiro de 2022, estes indicadores ficaram abaixo em 3,7 e 3,2 pontos, respectivamente.
O índice de expectativa de compra de insumos e matérias primas avançou 4,9 pontos, para 54,4 pontos. Aquele do número de empregados avançou 5,2 pontos, para 54,2 pontos, mas se encontra em um patamar inferior ao que estava em fevereiro de 2022. Em relação a fevereiro de 2022, situam-se abaixo em 2,5 e 1,7 pontos, respectivamente.
Intenção de investir
O índice de intenção de investimento avançou 6,2 pontos, atingindo 44,7 pontos. Na comparação com fevereiro de 2022, a intenção de investimento cresceu 1,1 ponto. E ficou acima da média histórica deste indicador, de 36,5 pontos. Já a avaliação dos empresários com relação às condições atuais da economia brasileira recuou e está pior que a registrada em janeiro, mostrando grande preocupação com a situação atual da economia.
Atividade em queda
O índice de evolução do nível de atividade da indústria da construção caiu 2,1 pontos em janeiro, para 44,5 pontos – queda que normalmente acontece no primeiro mês do ano. O indicador ficou 2,9 pontos abaixo do resultado alcançado no mesmo mês de 2022 e próximo à média de 44,4 dos meses de janeiro da série histórica. O índice de evolução do número de empregados da construção recuou pelo terceiro mês consecutivo em janeiro, em 1 ponto, para 45,9 pontos. O indicador manteve-se acima da média histórica para o período, de 44 pontos. Em relação ao mesmo mês de 2022, houve recuo de 2 pontos.
Utilização da capacidade
A Utilização da Capacidade Operacional (UCO) avançou 1 ponto percentual (p.p.) em janeiro, passando para 66%. Na comparação com janeiro de 2022, também subiu 1 p.p., mostrando que o nível de utilização começa 2023 no patamar mais alto para um mês de janeiro desde 2014.
Matéria publicada no Sinduscon-SP