Associação Brasileira da Construção

Industrializada de Concreto

Construção registra piora das condições financeiras

As condições financeiras da indústria da construção pioraram no primeiro trimestre de 2024, com quedas dos índices de satisfação com a margem de lucro operacional, de satisfação com as condições financeiras e de facilidade de acesso ao crédito.

Estes são alguns dos resultados da Sondagem da Construção da CNI (Confederação Nacional da Indústria), com informações de 328 empresas, sendo 125 pequenas, 130 médias e 73 grandes, coletadas entre 1º e 9 de abril. A pontuação vai de 0 a 100, denotando satisfação ou confiança a partir de 50.

O índice de satisfação com a margem de lucro operacional recuou 2 pontos na comparação do primeiro trimestre de 2024 com o quarto trimestre de 2023, passando para 43,6 pontos.

O índice de satisfação com as condições financeiras caiu 3 pontos na mesma comparação, para 47,3 pontos. E o índice de facilidade de acesso ao crédito recuou 0,6 ponto, passando para 39,7 pontos.

Já o aumento do preço dos insumos apresentou desaceleração. O índice de preço médio dos insumos caiu 3,2 pontos, passando para 58,6 pontos, indicando que o aumento dos preços de insumos foi menos intenso e mais restrito.

Falta de trabalhador qualificado
No primeiro trimestre, a falta ou o alto custo de trabalhador qualificado apresentou o maior percentual de assinalações da série histórica: 28,2% das empresas, alta 6,2 pontos percentuais (p.p.) na comparação com o quarto trimestre de 2023.

Na segunda posição ficou a elevada carga tributária, com 28,1% de assinalações e avanço de 4,1 p.p. Como terceiro maior entrave figuraram as taxas de juros, assinaladas por 23,9% das empresas, queda de 3,3 p.p.

Confiança se reduz
O Índice de Confiança do Empresário (Icei) da indústria de construção caiu 1,3 ponto no início de abril, passando para 52,5 pontos.

Com relação aos componentes do Icei, o Índice de Condições Atuais ficou estável em 47,4 pontos. A estabilidade decorre da discreta piora da avaliação relativa às condições correntes da empresa, enquanto houve melhora na avaliação relativa à economia brasileira. Já o Índice de Expectativas se reduziu em 2 pontos, passando para 55 pontos.

Expectativas seguem positivas
Os empresários da construção apresentaram expectativas positivas para todas as variáveis analisadas.

O índice de expectativa de novos empreendimentos e serviços avançou 1,8 ponto, passando para 54,8 pontos. O indicador de expectativa do número de empregados registrou expansão de 2,2 pontos, passando para 54,4 pontos.

O índice de expectativa de compra de insumos e matérias-primas avançou 1,6 ponto, passando para 53,4 pontos. Já o índice de expectativa do nível de atividade ficou estável no período, em patamar elevado, com variação de +0,1 ponto, passando para 54,8 pontos.

Intenção de investir
Em abril, o índice de intenção de investimento da Indústria da Construção subiu 2,6 pontos, passando para 43,2 pontos. Com o aumento, o índice de intenção de investir se distanciou da média histórica, de 37,3 pontos.

Atividade das empresas
O índice de evolução do nível de atividade ficou em 48,4 pontos em março, alta de 2,2 pontos frente a fevereiro. O indicador ficou acima da média para março de anos anteriores, de 45,8 pontos.

O índice de evolução do número de empregados ficou em 46,8 pontos, avanço de 0,8 ponto ante fevereiro, e acima da média para meses de março, de 45,1 pontos.

Utilização da capacidade
Em março de 2024, a Utilização da Capacidade Operacional (UCO) não sofreu variação frente a fevereiro, permanecendo no patamar de 67%.

O resultado ficou acima da UCO registrada em março de 2023, de 66%.

Matéria publicada no Sinduscon-SP

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