O Índice Nacional de Custo da Construção – M (INCC-M) apresentou um aumento de 0,93% em junho, o que configurou a quarta aceleração consecutiva da taxa mensal. Apesar da aceleração, em 12 meses, a variação, de 3,77%, ficou abaixo da observada no ano passado (4,29%).
Os dois principais componentes do índice contribuíram para esse movimento do mês. A cesta de materiais e equipamentos passou de 0,25% em maio para 0,48% em junho, marcando a terceira aceleração e trazendo a taxa 12 meses para 1,32%. Vale lembrar que em junho de 2023, a cesta de materiais e equipamento registrava queda de 0,03% nessa mesma comparação.
No ano, as principais contribuições para a aceleração do componente vieram dos Condutores elétricos, com alta de 22,25% e dos Blocos de Concreto, com 4,39%. A Brita e os Vidros também figuram entre as maiores altas de 2024, com 7,73% e 5,22%, respectivamente. Por sua vez, o componente mão de obra novamente foi o que mais contribuiu para o movimento mensal do INCC, com variação de 1,61% sob influência dos aumentos em Brasília, Recife e São Paulo.
Em 12 meses, a elevação dos custos com mão de obra alcançou 6,93% em junho. Na comparação com o ano passado, houve pequena desaceleração, mas a taxa mantém-se muito acima da inflação estimada para o período.
Como tem sido observado desde o ano passado, a alta mais significativa da mão de obra reflete o aquecimento do mercado de trabalho e a escassez de mão de obra. A sondagem da Construção do FGV IBRE referente a junho apontou que essa questão é a que mais preocupa os empresários no cenário atual, representando uma restrição importante aos negócios. A sondagem também mostra que esse cenário deve persistir, uma vez que as expectativas são de maior demanda nos próximos meses.
Matéria publicada no Sinduscon-SP