Representantes de 60 empresas de construção de empreendimentos de habitação popular analisaram a situação da concessão de financiamentos, pela Caixa, para os projetos enquadrados no Programa Casa Verde e Amarela (CVA).
Este foi um dos temas da reunião conjunta do Comitê de Habitação Popular (CHP) do SindusCon-SP e da Vice-presidência de Habitação Econômica do Secovi-SP (Sindicato da Habitação), em 19 de agosto. O encontro foi conduzido por Ronaldo Cury, vice-presidente de Habitação do SindusCon-SP, e por Rodrigo Luna, vice-presidente de Habitação Econômica do Secovi-SP.
O grupo decidiu convidar grandes bancos comerciais, inclusive os digitais, a realizarem projetos pilotos de concessão de financiamentos com recursos do FGTS, para empreendimentos enquadrados no Programa Casa Verde e Amarela.
Participando do encontro, Abelardo Campoy, integrante do Conselho Curador do FGTS, relatou que o órgão deverá deliberar, nas próximas semanas, a majoração dos preços máximos de contratação dentro do CVA, com alterações na curva de descontos (subsídios). Ele sinalizou que, em função do orçamento deste fundo, as correções não deverão repor integralmente as defasagens de custos das construtoras, que se agravaram em função do aumento dos preços dos insumos do setor.
Pode Entrar
Os representantes das empresas relataram que a complementação de subsídios a empreendimentos do CVA, proporcionada pela Casa Paulista nos municípios do Interior, está funcionando bem. O município de São Paulo está tomando providências para participar desta complementação, com recursos do Fundo Municipal de Habitação, via Programa Pode Entrar.
Os participantes também confirmaram a diminuição das contratações no Casa Verde e Amarela, diante das dificuldades crescentes de viabilizar os empreendimentos nesse programa, e a atratividade maior dos financiamentos pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo para empreendimentos que poderiam ser enquadrados no Grupo 3 do CVA.
Em relação à situação na capital paulista, falou-se da necessidade de inserir, na revisão do Plano Diretor Estratégico, uma calibragem destinada a viabilizar a construção de empreendimentos de habitação de interesse social – HIS1. No interior, diversas prefeituras e concessionárias registram muita morosidade na aprovação de projetos, e o grupo seguirá divulgando a cartilha que preparou com sugestões para o estímulo à construção de habitação econômica.
Matéria publicada no Sinduscon-SP