Associação Brasileira da Construção

Industrializada de Concreto

Destaques da Macro Visão Semanal

Dados da Economia Brasileira na semana: 23 a 24 de fevereiro
 
•    Expectativas do mercado (Relatório Focus/Banco Central): a mediana das expectativas do mercado, divulgada pelo relatório Focus do Banco Central referente a 17 de fevereiro, indica que o IPCA de 2023 deve encerrar em 5,89%. Para o PIB, a expectativa de crescimento oscilou para 0,80%. No que se refere à taxa de câmbio, a expectativa do mercado continua em R$/US$ 5,25 ao final do ano. Por fim, a mediana das perspectivas quanto à taxa SELIC se manteve em 12,75% a.a.

•    Balança comercial (Secex): a média diária das exportações do país passou de US$ 1,24 bilhão em fevereiro de 2022 para US$ 1,04 bilhão até a terceira semana de fevereiro de 2023, redução de 16,0% entre os períodos. No mesmo intervalo, as importações diminuíram 5,0% na comparação da média diária, saindo de US$ 993,9 milhões em fevereiro de 2022 para US$ 944,1 milhões até a terceira semana de fevereiro do ano corrente. O saldo médio diário da balança comercial, por sua vez, foi de US$ 243,6 milhões em fevereiro de 2022, passando para US$ 94,9 milhões em média diária até a terceira semana de fevereiro de 2023. O saldo total acumulado até a terceira semana de fevereiro de 2023 é de US$ 1,23 bilhão. No ano, a balança comercial registra superávit de US$ 3,84 bilhões (jan-fev/23).

•    Índice de Confiança do Consumidor (Ibre/FGV): o Índice de Confiança do Consumidor do mês de fevereiro encerrou em 84,5 pontos, redução de 1,3 ponto em relação ao mês imediatamente anterior, quando marcou 85,8 pontos, dados com ajuste sazonal. Este resultado continua sinalizando pessimismo dos consumidores no mês (a partir de 100,0 pontos indica otimismo e abaixo, pessimismo). O Índice de Expectativas diminuiu 0,9 ponto no mês de fevereiro, encerrando aos 95,8 pontos, enquanto o de Situação Atual fechou o mês em 69,3 pontos, redução de 1,8 ponto.

•    Índice de Confiança da Construção (Ibre/FGV): o Índice de Confiança da Construção subiu 0,8 ponto em fevereiro na comparação com o mês anterior, encerrando em 94,4 pontos, na série sem influência sazonal. Apesar do aumento, manteve-se a sinalização de pessimismo dos consumidores no mês (a partir de 100,0 pontos indica otimismo e abaixo, pessimismo). O indicador de situação atual encerrou o mês de fevereiro aos 93,4 pontos, queda de 1,7 ponto na comparação com o mês anterior. Por fim, o destaque foi o indicador de expectativas, que subiu 3,4 pontos, passando de 92,2 pontos em janeiro para 95,6 pontos em fevereiro.

•    Índice de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IBGE): o IPCA-15 registrou alta de 0,76% no mês de fevereiro de 2023, quinta variação positiva consecutiva. Este resultado veio acima da expectativa do mercado, que era de aumento de 0,72%. O principal destaque no mês de fevereiro foi a variação positiva dos preços livres, que apresentaram aumento de 0,82%, enquanto os preços administrados registraram alta de 0,57%. No acumulado em 12 meses encerrados em fevereiro de 2023, a variação do IPCA-15 foi de 5,63%, o que indica desaceleração do indicador em relação ao mês de janeiro (+5,87%).
 
Síntese da semana:
 
Os indicadores divulgados na quinta e sexta-feira pós-carnaval sinalizaram oscilação nas expectativas do mercado coletadas pelo Banco Central, continuidade da sinalização pessimista dos indicadores de confiança e inflação acima do esperado para fevereiro. O Índice de Confiança do Consumidor registrou queda no mês de fevereiro e continua sinalizando pessimismo. O último resultado acima dos 100,0 pontos foi registrado no mês de dezembro de 2013, quando ficou em 100,6 pontos. Na mesma linha, o Índice de Confiança da Construção, mesmo com a variação positiva na passagem do mês, mantém a sinalização de pessimismo. A última leitura com indicação de otimismo ocorreu em outubro de 2022, quando ficou em 100,9 pontos. Ambos os indicadores refletem a piora das condições financeiras e a continuidade do aperto monetário.

No que se refere à inflação, o IPCA-15 de fevereiro veio levemente acima da expectativa do mercado e manteve o ritmo de variação positiva observada nos últimos quatro meses. Esse resultado foi puxado, em maior medida, pelo avanço dos preços livres. De acordo com a última leitura do Relatório Focus, o mercado espera que o IPCA encerre 2023 em 5,89%. No início do ano, a expectativa sinalizava para alta de 5,30%.

Portanto, a piora das condições financeiras, como resultado, sobretudo do alto patamar da taxa de juros, e a deterioração das expectativas, que afetam as decisões de consumo e investimento, são fatores de atenção para avaliar o desempenho da atividade econômica nos próximos meses. Nesse contexto, o mercado espera um crescimento do PIB de apenas 0,80% no ano corrente.
Boletim enviado pelo Sinaprocim

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