Associação Brasileira da Construção

Industrializada de Concreto

FGV: aumenta o pessimismo moderado na construção

O Índice de Confiança da Construção (ICST) caiu 1,9 ponto em janeiro, para 94,9 pontos, menor nível desde junho de 2023, indicando aumento do pessimismo moderado do setor. Na média móvel trimestral, o índice recuou 0,8 ponto.

Os dados são da Sondagem da Construção do FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas), com base em informações de 626 empresas, colhidas entre os dias 2 e 24 de janeiro. A pontuação vai de 0 a 200, denotando otimismo ou confiança a partir de 100.

De acordo com Ana Maria Castelo, coordenadora de Projetos da Construção do FGV Ibre, no tocante à percepção sobre os negócios correntes, o pessimismo aumentou entre os responsáveis pelas empresas de Instalações, mas melhorou no setor de Edificações.

“No entanto, no geral, as empresas ficaram mais pessimistas em relação à demanda dos próximos meses – o Indicador de Demanda Prevista alcançou o pior resultado desde janeiro de 2023. O ciclo de atividade para 2025 está em grande parte contratado, mas sustentar o crescimento dos negócios ante o forte choque de juros não será fácil”, comentou a economista.

Situação atual e expectativas

Em janeiro, a queda da confiança foi influenciada tanto pelo Índice de Situação Atual (ISA-CST) quanto pelo Índice de Expectativas (IE-CST). O ISA-CST recuou 0,4, para 95,8 pontos, e com maior influência no resultado do ICST, o IE-CST caiu 3,3 pontos, e foi para 94,2 pontos, menor nível desde janeiro de 2023 (93,6 pts.).

Os componentes do ISA-CST variaram em sentidos opostos: o indicador de situação atual dos negócios variou 0,2 ponto, e atingiu 95,6 pontos, enquanto o indicador de carteira de contratos cedeu 0,9 ponto, para 96 pontos. Pelo lado do IE-CST, os dois componentes que compõem o índice caíram: o indicador de demanda prevista nos próximos três meses caiu 4,3 pontos, e foi aos 96 pontos, e o de tendência dos negócios retraiu 2,3 pontos, para 92,3 pontos.

Escassez de trabalhadores qualificados

Ana Castelo reafirmou que, ao longo de 2024, a falta de trabalhadores foi a principal dificuldade das empresas. Segundo ela, em 2025, a despeito da piora das expectativas, o mercado de trabalho deve seguir pressionado.

Em janeiro, a falta de mão de obra qualificada persiste liderando ranking de limitações, implicando também na alta dos custos com mão de obra, afirmou a economista.

Além da falta de mão de obra, as empresas apontaram como maiores dificuldades a competição no próprio setor, a demanda insuficiente e o custo da mão de obra.

Utilização da capacidade

O Nuci (Nível de Utilização da Capacidade Instalada) da construção variou 0,3 ponto percentual (p.p.), e alcançou 79,2%. O Nuci de Mão de Obra variou -0,1 p.p., por outro lado, o Nuci de Máquinas e Equipamentos avançou 1,1 p.p.e 1 p.p, para 81% e 74,8%, respectivamente.

Matéria publicada no Sinduscon-SP

Nós usamos cookies para compreender o que o visitante do site da Abcic precisa e melhorar sua experiência como usuário. Ao clicar em “Aceitar” você estará de acordo com o uso desses cookies. Saiba mais!