Associação Brasileira da Construção

Industrializada de Concreto

FGV: confiança da construção se mantém relativamente estável em junho

O Índice de Confiança da Construção (ICST) se manteve relativamente estável em junho ao oscilar -0,1 ponto, para 93,9 pontos. Em médias móveis trimestrais, o índice variou -0,2 ponto. 

Este é um dos resultados da Sondagem da Construção, realizada pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre). A pontuação vai de 0 a 200, denotando confiança ou otimismo acima de 100. Foram coletadas informações de 605 empresas entre os dias 1 e 23 de junho. 

Segundo Ana Maria Castelo, coordenadora de Projetos da Construção do FGV/Ibre, a oscilação do indicador de confiança em junho decorre da percepção negativa das empresas em relação à demanda dos próximos meses. Entre os fatores limitativos à melhoria dos negócios, a demanda insuficiente voltou a ser o principal problema para os empresários do setor. 

“Não foi um movimento disseminado: a confiança das empresas de Edificações Residenciais evoluiu de forma positiva e alcançou o melhor resultado desde outubro do ano passado, provavelmente já alavancada pelas medidas em relação ao programa Minha Casa, Minha Vida. As empresas da construção chegam ao fim do primeiro semestre menos confiantes do que estavam em dezembro, deixando um sinal de alerta em relação à continuidade do ciclo recente de crescimento do setor”, observou Ana Castelo. 

Pessimismo moderado 
A estabilidade do ICST deste mês refletiu o resultado dos seus dois componentes: o Índice de Situação Atual (ISA-CST), que se manteve em 92,5 pontos, menor desde março de 2022 (92 pontos); e o Índice de Expectativas (IE-CST), que variou 0,3 ponto negativo, para 95,3 pontos, menor nível desde janeiro do corrente ano (92,2 pontos). 

Os dois indicadores que compõem o ISA-CST tiveram variações opostas: indicador da situação atual dos negócios recuou 0,5 ponto, para 91 pontos, menor nível desde maio de 2022 (89,7 pontos); e o do volume de carteira de contratos subiu 0,6 ponto, para 94,2 pontos. 

Na ótica das expectativas, os componentes do IE-CST também tiveram variações contrárias: a demanda prevista retraiu 0,8 ponto, para 96,5 pontos, menor nível desde janeiro deste ano (93,4 pontos), enquanto a tendência dos negócios variou 0,2 ponto, para 94,1 pontos. 

Involução 
Na comparação interanual, os empresários também estão menos confiantes, o que decorre de uma percepção mais negativa da situação corrente e, em maior medida, expectativas piores.  

Nesta comparação, o indicador caiu 3,6 pontos, puxado pelos empresários de serviços especializados (-8,8) e de obras de infraestrutura (-3,7). Já a confiança dos executivos de edificações se elevou (+2,8). 

“O fim do boom das reformas afetou especialmente as empresas de Serviços Especializados, que tiveram o pior desempenho no período e são também as mais pessimistas com a demanda dos próximos meses”, observou Ana Castelo. 

Utilização da capacidade 
O Nível de Utilização da Capacidade (Nuci) da Construção variou 0,3 ponto percentual (p.p.), para 80,2%. 

O Nuci de Mão de Obra seguiu a tendência geral variando 0,3 p.p., para 81,3%, por sua vez, o Nuci de Máquinas e Equipamentos cedeu 0,7 p.p., para 76,1%.

Matéria publicada no Sinduscon-SP

Nós usamos cookies para compreender o que o visitante do site da Abcic precisa e melhorar sua experiência como usuário. Ao clicar em “Aceitar” você estará de acordo com o uso desses cookies. Saiba mais!