O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) lançou a Pesquisa Anual da Indústria da Construção (PAIC) 2020. De acordo com o estudo, a indústria da Construção gerou R$ 325,1 bilhões em valor de incorporações, obras e/ou serviços em 2020, sendo R$ 304,4 bilhões em obras e/ou serviços (93,6%) e R$ 20,7 bilhões em incorporações (6,4%). Entre 2019 e 2020, a PAIC mostrou estabilidade na participação de Obras de infraestrutura no valor gerado pelo setor: de 32,0% para 32,7%. Construção de edifícios avançou de 44,7% para 45,3% e Serviços especializados para construção foi o único a ter redução: de 23,3% para 22,0%.
A pesquisa também apresentou mudanças estruturais, como o crescimento da participação do setor privado e a queda de 8,7 p.p. na participação do setor público como demandante de obras e/ou serviços da construção. Isso ocorreu nos três segmentos, mas é mais intenso em obras de infraestrutura (-7,9 p.p.).
No âmbito de contratação de mão de obra, em 2020, o setor empregava 2,0 milhões de pessoas, alta de 3,8% (mais 71,8 mil trabalhadores) em comparação com 2019. A maior parte (35,3%) dos trabalhadores do setor estava em Construção de edifícios, cujo número de ocupados cresceu 4,9% ante 2019.
Entre os três segmentos, Obras de infraestrutura foi a que mais pagou em volume de salários, correspondendo a 37,1% do total. A Construção de edifícios veio a seguir com 32,3%. Já a remuneração dos Serviços especializados para construção ficou com 30,6%.
A indústria da Construção tinha 131,8 mil empresas ativas em 2020. Houve significativo aumento (mais 6,7 mil empresas) frente a 2019 (125,1 mil). Já em relação a 2011, o número de empresas do setor cresceu 41,2%.
Remunerações
O levantamento aponta que as empresas do setor pagaram R$ 58,7 bilhões em salários, retiradas e outras remunerações em 2020, a maior parte (37,1%) em Obras de infraestrutura. Entre 2019 e 2020, o salário médio mensal da indústria da Construção passou de 2,3 para 2,2 salários mínimos. Obras de infraestrutura teve a maior remuneração (2,6 s.m.); enquanto Construção de edifícios e Serviços especializados para construção pagaram 2,0 s.m., em média, em 2020.
Em 2011, as oito maiores empresas concentravam 11,0% do valor de incorporações, obras e/ou serviços do setor, participação que caiu para 4,8% em 2020. A partir de 2011, especialmente no setor de Obra de Infraestrutura, houve uma redução da concentração em 15,3 p.p.. Em dez anos, houve também uma redução no porte médio das empresas dos três segmentos: Construção de edifícios caiu de 31 para 13 pessoas e Obras de infraestrutura reduziu de 98 para 45 pessoas.
Veja abaixo o panorama do setor em 2020:
Matéria publicada na Agência CBIC