A Abramat (Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção) divulgou a nova edição do Termômetro da Indústria de Materiais de Construção, pesquisa realizada com as lideranças das empresas associadas. Os dados destacam as perspectivas do setor sobre desempenho, utilização da capacidade instalada e intenções de investimento das indústrias de materiais de construção para os próximos meses.
A pesquisa indica que o mês de abril apresentou desempenho “regular” para 50% dos associados, enquanto 38% consideraram o período “bom” e 12%, “ruim” e “muito ruim”. Considerando o mês de maio, a expectativa é de um período “bom” e “muito bom” para 50%. Já para 46%, a expectativa é de “regularidade”, enquanto 4% consideram que será um mês muito “ruim” para os negócios.
Sobre as pretensões de investimento no médio prazo (próximos 12 meses), a pesquisa de abril apontou que 71% das indústrias associadas pretendem investir no período. O número é 3 p.p. maior que apontado em abril de 2023. O nível de utilização da capacidade instalada está em 72% na média das empresas, o que mostra equilíbrio em relação ao mesmo período do ano passado, quando atingiu 71%.
Geração de emprego – O Termômetro também traz a expectativa do setor em relação ao número de empregados em abril.
A sondagem entre as indústrias de materiais de construção indica que para 75% das empresas haverá estabilidade no número de empregados, enquanto 21% consideram que haverá aumento no número de empregados no mês atual, sendo que apenas 4% acreditam que haverá queda.
“Seguimos com um otimismo cauteloso no setor, com muitas expectativas como o julgamento no STF da reoneração da folha de pagamento, que pode impactar todo o ecossistema da construção e discussões no Congresso em relação aos projetos de lei complementar à Reforma Tributária”, observa Rodrigo Navarro, presidente da Abramat.
Para ele, todavia, alguns pontos podem contribuir para uma expectativa mais positiva, como a retomada de projetos de infraestrutura e obras paradas, programas habitacionais como o MCMV, as obras do PAC e o Nova Indústria Brasil.
“Trilhando esse caminho, poderemos atingir um crescimento de 2% para o setor em 2024, conforme estimado pela FGV”, projeta Navarro.
Matéria publicada na Grandes Construções