Gases do Efeito Estufa (GEE) são substâncias gasosas naturalmente presentes na atmosfera e que absorvem parte da radiação infravermelha emitida pelo Sol e refletida pela superfície terrestre, dificultando o escape desta radiação (calor) para o espaço.
Este fenômeno natural, chamado de Efeito Estufa, impede a perda de calor e mantém o planeta Terra aquecido. Contudo, devido às ações humanas, está ocorrendo o aumento da concentração desses gases na atmosfera, levando a um aumento da temperatura média global, o que pode colocar a vida no planeta em risco.
Os gases internacionalmente reconhecidos como gases de efeito estufa, regulados pelo Protocolo de Kioto, são: Dióxido de Carbono (CO2), Metano (CH4), Óxido Nitroso (N2O), Hexafluoreto de Enxofre (SF6) e duas famílias de gases, Hidrofluorcarbono (HFC) e Perfluorcarbono (PFC).
Inventários de GEE
O inventário de GEE é o primeiro passo para que uma organização ou empresa possa contribuir para o combate às mudanças climáticas. A partir do inventário, conhece-se o perfil das emissões e, com isso, torna-se possível o estabelecimento de estratégias e metas de redução e/ou compensação para a criação de uma economia descarbonizada.
No estado de São Paulo, o inventário de GEE é obrigatório para 31 segmentos produtivos, os quais devem ser enviados anualmente à Companhia Ambiental do Estado de São Paulo – CETESB.
Em âmbito nacional, há diversos setores que já publicavam seus inventários, mas a partir do Decreto Federal 11.075/2022, publicado em 19 de maio, tem acontecido uma corrida pela elaboração dos materiais.
O motivo é muito simples: além de ajudar a empresa a entender seu próprio negócio, o inventário é o ponto de partida para qualquer estudo que vise embasar o estabelecimento das curvas de descarbonização que deverão ser negociadas com o governo a partir de meados de novembro de 2022, conforme estipula o Decreto Federal 11.075/2022.
Esse é um caminho sem retorno para os 10 macro setores abrangidos pelo Decreto, entre eles o da Construção Civil. Inventários anuais passaram a fazer parte da rotina das empresas. Há inúmeras empresas, cursos, ferramentas que podem auxiliar nessa jornada.
A ABRAINC está fazendo a sua parte em uma força-tarefa para auxiliar seus associados e o setor da Construção Civil como um todo nesse processo. Foi disponibilizado um canal aberto de atendimento sobre o assunto e criado um formulário de dúvidas para mais informações sobre o tema.
Faltam menos de 100 dias para o início dos debates com o governo sobre as metas de redução e a produção do maio número de inventários é essencial para a continuidade do trabalho.
Matéria publicada na Abrainc