Um consórcio de nove bancos globais, entre eles o brasileiro Itaú, está investindo US$ 45 milhões num marketplace para negociação de créditos de carbono, que deve começar a operar em abril.
Batizada de Carbonplace, a rede quer destravar o mercado, dando mais transparência à formação de preços e facilitando o acesso à compra e venda de compensações de gases de efeito estufa.
Baseada na tecnologia de blockchain, a solução não é exatamente nova, mas o Carbonplace aposta na credibilidade das instituições financeiras para dar mais confiabilidde ao processo. Os bancos é que plugarão os clientes na plataforma e serão responsáveis pela liquidação financeira das transações.
A lógica do projeto foi unir potenciais geradores de crédito com os compradores. Enquanto o Brasil e a América Latina têm um amplo potencial para atender a demanda por crédito de carbono necessária para atingir as metas do Acordo de Paris nas próximas décadas, os grandes compradores estão no Hemisfério Norte.
Além do Itaú, os bancos envolvidos são: o inglês NatWest, o canadense CBIC, o National Australian Bank, os europeus BNP Paribas, UBS, Standard Chartered e BBVA e o asiático Sumitomo.
O Carbonplace fará a onte entre as empresas interessadas em comprar o crédito e os desenvolvedores de projetos de carbono que queiram vendê-los, sempre com um banco como parte da transação.
Os clientes terão um contrato padrão para entrada na plataforma e outro contrato, baseado nesse primeiro, entre o banco e o usuário do sistema. A liquidação da transação é feita pela conta de cada empresa nos bancos. A remuneração da plataforma vai acontecer por meio de tarifas por uso do sistema e transações.
A ideia é começar a operar em abril, com transações firmadas entre os bancos fundadores. Em junho, os bancos passam a negociar créditos em nome de seus clientes e, em setembro, a plataforma será aberta para transações de cliente para cliente.
Leia matéria na íntegra publicada pelo Capital Reset