Associação Brasileira da Construção

Industrializada de Concreto

Macro Visão Semanal da FIESP com as principais informações da economia

Dados da Economia Brasileira na semana: 19/06 a 23/06
 
•    Expectativas do mercado (Relatório Focus/Banco Central): a mediana das expectativas do mercado, divulgada pelo relatório Focus do Banco Central referente a 16 de junho, indica que o IPCA de 2023 deverá encerrar em 5,12%. Para o PIB, a expectativa de crescimento aumentou para 2,14%, variação de 0,30 p.p. em relação à semana anterior. No que se refere à taxa de câmbio, a expectativa do mercado passou de R$/US$ 5,10 para R$/US$ 5,00 ao final do ano. Por fim, a mediana das perspectivas quanto à taxa Selic para 2023 foi reduzida para 12,25%.
•    Demanda das Empresas por Crédito (Serasa): a demanda por crédito em maio de 2023 aumentou 0,1% na comparação com o mesmo mês do ano anterior. O resultado ficou abaixo do que foi registrado na comparação entre o mês de maio de 2022 e o mesmo mês do ano de 2021 (+8,7%).
•    Balança Comercial Semanal (Secex): a média diária das exportações do país aumentou 2,8% entre os períodos de junho de 2022 e de até a terceira semana de junho de 2023. No mesmo intervalo, as importações diminuíram 16,8% na comparação da média diária. O saldo médio diário da balança comercial, por sua vez, foi de US$ 423,3 milhões em junho de 2022, para US$ 658,6 milhões em média diária até a terceira semana de junho de 2023. O saldo acumulado até a terceira semana de junho de 2023 é de US$ 7,2 bilhões. No ano, a balança comercial registra superávit de US$ 42,2 bilhões (jan-jun/23).
•    Índice Geral de Preços - Mercado (Ibre/FGV): o IGP-M caiu 1,8% na segunda prévia de junho, mantendo o ritmo de queda registrado em maio (-1,8%). Quando analisados os componentes do IGP-M, o IPA-M (Índice de Preços ao Produtor Amplo - Mercado) registrou deflação de 2,6% na segunda prévia de junho. O IPC-M (Índice de Preços ao Consumidor - Mercado), por sua vez, apresentou queda de 0,3% no período. Por fim, o INCC-M (Índice Nacional da Construção Civil - Mercado) subiu 1,3% na leitura atual.
•    Sondagem Industrial (CNI): a produção da indústria brasileira encerrou o mês de maio em 50,3 pontos, considerando os dados sem influência sazonal. Este resultado corresponde a um aumento de 2,0 pontos em relação ao mês anterior (48,3 pontos em abril) e passa a sinalizar expansão da atividade. Resultados acima de 50,0 pontos indicam expansão da atividade e abaixo deste nível, retração.
•    Taxa Selic (Copom/Banco Central): o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anunciou na última quarta-feira, 21/06, a manutenção da taxa básica de juros (Selic) em 13,75% a.a., pela sétima reunião consecutiva. No comunicado sobre a decisão, o Comitê sinalizou a continuidade de fatores de risco para o cenário inflacionário, como a maior persistência da inflação global, a incerteza residual envolvendo o arcabouço fiscal e seus possíveis impactos sobre as expectativas em torno da trajetória da dívida pública, além de uma desancoragem das expectativas de inflação para prazos mais longos. Por outro lado, a queda adicional dos preços das commodities, a desaceleração da economia global e a desaceleração na concessão de crédito foram anunciados como riscos de baixa inflacionária pela autoridade monetária.

Síntese da semana:

Os destaques da agenda econômica da semana foram a decisão do Banco Central sobre a taxa de juros e a melhora das expectativas de inflação e crescimento do PIB.

Apesar da desaceleração recente nos indicadores de preços, o Comitê de Política Monetária do Banco Central decidiu manter a taxa de juros em 13,75% a.a. pela sétima reunião consecutiva. No comunicado sobre a decisão, a autoridade monetária sinalizou a continuidade de fatores de risco para o cenário inflacionário, mas reconheceu a desaceleração recente dos índices de preços. Em relação ao comunicado anterior, o documento atual suprimiu o trecho sobre a possibilidade de novas altas, contudo, não deixou claro quando será iniciado o processo de relaxamento da política monetária.

Conforme o último relatório Focus, a expectativa para o IPCA em 2023 passou de 5,8% há quatro semanas para 5,1% na leitura mais recente. A mediana das perspectivas quanto à taxa Selic para 2023 foi reduzida de 12,50% para 12,25%. Por fim, a expectativa de crescimento do PIB aumentou de 1,2% para 2,1% em 2023, na mesma comparação.

Informação publicada pela FIESP

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