Um artigo de opinião publicado no O Estado de São Paulo mostra que as obras paradas multiplicam custos, uma vez que a retomada impõe custos adicionais para remediar os desgastes, e o abandono significa o desperdício de recursos investidos até então.
Até o primeiro trimestre de 2021, o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo identificou 1.156 obras paralisadas ou atrasadas no Estado, representando um total de quase R$ 25,5 bilhões contratados. Já um levantamento do Tribunal de Contas da União (TCU) de 2019 estimou que, dos mais de 38 mil contratos de obras da União, cerca de 14 mil (38%), perfazendo um total de R$ 144 bilhões, estavam paralisados. As causas das paralisações e atrasos tanto em âmbito federal quanto regional são similares: falhas de projeto, indisponibilidade de recursos e disparidades entre os requisitos e procedimentos das partes dos convênios.
Uma das estratégias para suprir esse déficit é promover consórcios entre os municípios e parcerias com o setor privado. O Ministério da Economia e as Secretarias da Fazenda estaduais também poderiam contar com fóruns permanentes para avaliar as principais causas de paralisações e identificar soluções.
A paralisação das obras não apenas implica a falta de atendimento às demandas da sociedade e o desperdício de investimentos públicos, mas também a perda de oportunidades de emprego. Ante a crise econômica e os impactos sobre o mercado de trabalho precipitados pela pandemia, a necessidade de retomar as obras paralisadas se tornou ainda mais premente.
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