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Paulo Guedes discute papel da construção na retomada econômica

No Encontro Nacional da Indústria da Construção (Enic), o ministro da Economia, Paulo Guedes, ressaltou que são exageradas as previsões de que não vai ter crescimento no país em 2022. Guedes esteve nesta terça-feira (30), em Brasília, no painel O papel da indústria da construção na retomada econômica, no Enic | Política & Estratégia, mediado pela analista de política da CNN Brasil, Basília Rodrigues.
De acordo com o ministro, o “desemprego está em alta velocidade, a inflação está subindo, por isso o país vai crescer menos, e os juros estão subindo para combater a inflação”.  Para 2022, sua previsão é de que, apesar de baixo, o setor da construção deve crescer. “Setorialmente, podemos minimizar o impacto se conversarmos. Temos ferramentas para ajudar”, frisou.
Papel da construção na retomada da economia
O ministro Paulo Guedes parabenizou o empenho da indústria da construção para garantir a geração de emprego e renda no Brasil. “Foi um setor exemplar na busca de segurança no trabalho. Criou empregos durante a pandemia, manteve um ritmo de atividade impressionante, compartilhou as práticas de segurança no trabalho com o setor e com 5 mil prefeitos pelo país inteiro”, disse.
“O setor da construção cresceu 7,3% no emprego, do 2º para o 3º trimestre de 2021, segundo a Pnad Contínua”, completou o presidente da CBIC, José Carlos Martins.
O ministro salientou que o país enfrentou a pandemia, criando liquidamente 50 mil empregos no final de 2020. “O PIB caiu 4% e aumentou os empregos formais”, lembrou.
Paulo Guedes ressaltou que sempre acreditou no aperfeiçoamento das instituições e que “o plano econômico do governo é transformar a economia brasileira numa grande economia de mercado, numa grande economia de consumo de massa, numa economia que tem impostos mais baixos, numa economia que é mais aberta à integração econômica, numa economia que é desburocratizada e numa economia que depende mais de investimentos privados do que estatais”, disse.
Guedes afirmou ainda que o governo está atento ao aumento dos preços da construção e que se houver abuso vai acelerar a abertura à importação. “Não queremos abrir rápido, porque temos que proteger a indústria brasileira”, ponderou.
Alerta
Martins alertou que “o emprego que o setor da construção está gerando hoje é o contrato de ontem e que o aumento dos custos, que passou de 30%, não é compatível com o aumento de renda pelo IPCA”. Ficou acertado que o setor vai se reunir com o ministério para apresentar uma proposta sobre a questão.
Matéria publicada na Agência CBIC

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