Os preços dos imóveis novos residenciais em dez capitais do país subiram, em média, 1,54% em outubro, na comparação com setembro – uma ligeira elevação, ante os 1,76% registrados em setembro, na comparação com agosto.
Os dados são do IGMI-R (Índice Geral de Preços do Mercado Imobiliário Residencial) da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança). No acumulado de 12 meses até outubro, a elevação foi de 15,05%, ante os 13,81% registrados no mesmo acumulado até setembro – o sexto mês de aceleração.
Entre as dez capitais analisadas, Belo Horizonte, Fortaleza, Recife, Curitiba e Porto Alegre mostraram variações positivas em outubro superiores às de setembro, enquanto São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Salvador e Goiânia tiveram desacelerações no resultado mensal. Já no acumulado de 12 meses, todas as cidades registraram aceleração.
As capitais em que ocorreram as maiores elevações de preços em outubro foram Rio de Janeiro (2,48%), Porto Alegre (2,04%) e Curitiba (1,85%). São Paulo registrou alta de 1,15%.
No acumulado de 12 meses até outubro, São Paulo continua liderando, com 20,84%, seguida por Rio de Janeiro (15,45%), Brasília (15,30%), Curitiba (12,45%) e Porto Alegre (12,04%) – acima do IPCA de 10,67% acumulado no mesmo período.
As menores elevações em outubro aconteceram em Fortaleza (0,77%), Belo Horizonte (0,75%) e Goiânia (0,66%). As capitais com menor variação em 12 meses foram Fortaleza (6,04%), Recife (6%) e Belo Horizonte (5,89%).
Na análise da Abecip, as desigualdades regionais de preços refletem uma falta de tendência clara para o comportamento dos preços dos imóveis residenciais, dentro de um contexto em que a própria recuperação do nível de atividade geral da economia mostra sinais de desaceleração.
Para a entidade, apesar da elevação da taxa básica de juros, as condições de financiamento ainda podem ser consideradas favoráveis no contexto histórico, alavancando a demanda por imóveis residenciais. O aumento da incerteza decorrente dos desafios fiscais e as pressões de custos do setor continuam impondo desafios para uma trajetória mais consistente da evolução dos preços do setor ao longo de todas as capitais nos próximos meses – conclui a Abecip.
Matéria publicada no Sinduscon-SP