De acordo com a economista Ieda Vasconcelos, o Produto Interno Bruto (PIB) do 2º trimestre deste ano do setor da construção registrou um crescimento 2,7% e completou o 4º trimestre consecutivo de alta no setor. “Desde o 3º do ano passado a construção civil está crescendo”, afirmou.
Com o resultado positivo do indicador, a economista destacou que as projeções de alta para o setor neste ano poderão ser revistas. “A nossa expectativa começou com um crescimento de 4,5% no início do ano, depois passamos para 4%. Voltamos agora em julho para 4,5%, e essa estimativa pode ser revista para maior”, disse. Mas ressaltou que ainda é precisa aguardar mais resultados do setor para confirmar se a projeção será alterada, destacando que existem desafios a serem superados.
Com o aumento do PIB da Indústria da Construção, houve também alta no número de empregos. “De janeiro a julho deste ano, a construção registrou mais de 200 mil novos postos de trabalho com carteira assinada. Esse resultado vem sendo puxado pelo incremento das atividades do mercado imobiliário”, explicou.
Sobre as projeções da Pesquisa Focus, realizada semanalmente pelo Banco Central, Vasconcelos ressaltou que as expectativas para a inflação vêm aumentando. “O que tem surpreendido nos resultados é que há 22 semanas consecutivas nós estamos assistindo a um aumento nas projeções para a inflação”, destacou.
Segundo ela, a expectativa é que o ano seja encerrado com 7,58% na inflação. “É um número extremamente alto, considerando que o centro da meta da inflação para este ano é de 3,75% e ela pode variar 1,5% para cima ou para baixo. Ou seja, ela poderia chegar a 5,25% e a projeção é finalizar o ano no patamar de quase 8%. Por outro lado, as estimativas para o PIB de 2022 estão caindo. Isso preocupa”, concluiu.
Matéria publicada na Agência CBIC