A Pesquisa Focus do Banco Central do último dia 29/07 reduziu, pela quinta semana consecutiva, a projeção de alta para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indicador oficial da inflação no País. A expectativa agora é que ele encerre 2022 com alta de 7,15%. A pesquisa do dia 03/06 estimava alta de 8,89% para o indicador.
O centro da meta inflacionária para 2022 é de 3,5% e o teto é 5%. Na avaliação da economista da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Ieda Vasconcelos, no entanto, a redução das projeções para o aumento dos preços do País, neste ano, não deixa de ser satisfatória.
Vasconcelos reforça que o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), calculado e divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), registrou queda de 1,19% na verificação até o dia 31/07. Os itens com maiores influências negativos para esse resultado foram: gasolina (-14,24%), passagem aérea (-19,81%), tarifa de eletricidade residencial (-5,13%), tomate (-22,39%) e etanol (-11,02%). Nos últimos 12 meses o IPC-S acumula alta de 8,0%.
Para 2023, a pesquisa do Banco Central continuou, pela 17ª semana consecutiva, aumentando as projeções e agora aguarda incremento de 5,33% para o IPCA.
Segundo a economista, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central divulgará na quarta-feira (03/08) a nova taxa Selic e, certamente, essas novas projeções para o resultado da inflação no País serão consideradas. “A Pesquisa Focus estima que a Selic encerre 2022 em 13,75%”, destacou Vasconcelos.
Matéria publicada na Agência CBIC