Em maio, o INCC-M desacelerou – passou de 0,59% para 0,26%, refletindo o mesmo movimento dos três grupos do indicador, relata o ConstruCarta Atividades.
O ICC-SP também teve desaceleração da taxa mensal e de 12 meses, com uma diferença importante: houve aceleração no mês do Subgrupo Mão de Obra. A variação de 1,31% captou, ainda parcialmente, o acordo coletivo. Como a negociação foi concluída no final do período de coleta do índice, o efeito maior deverá ser observado no próximo mês.
A mudança metodológica do INCC, que passou a acompanhar os valores da mão de obra não apenas a partir dos pisos, mas considerando os preços dos serviços dos fornecedores fez com que parte da alta dos salários já tenha sido incorporada. Ainda assim, o efeito do acordo deverá ser percebido.
Uma questão importante é se essa inflexão das taxas mensal e de 12 meses irá se confirmar. O INCC alcançou um teto? A dinâmica dos preços dos materiais será muito importante. No que diz respeito à mão de obra, o quadro não deve se alterar, o setor continua aquecido.
A Sondagem da Construção de maio do FGV Ibre mostrou um arrefecimento do otimismo, mas as expectativas ainda são de maior demanda e mais contratação.
Matéria publicada no Sinduscon-SP