Com o objetivo de melhorar a qualidade do ar e a saúde dos cariocas, a prefeitura do Rio de Janeiro lançou o Distrito de Baixa Emissão, no Centro da cidade. Em uma área de pouco mais de dois quilômetros quadrados, entre a Avenida Beira Mar e a Marechal Floriano, Campo de Santana e a Orla Conde, serão aplicadas iniciativas para a diminuição de emissões de gases de efeito estufa (GEE).
Entre ruas verdes e processos educativos, o objetivo principal é implementar as ações em fases, até 2030. A primeira delas, que teve início agora, consiste na requalificação de 35 mil metros quadrados de área pública e monitoramento da qualidade do ar e GEE.
Conheça o projeto Distrito de Baixa Emissão de carbono
A criação do projeto atende ao compromisso do município com o C40, grupo de cidades internacionais, entre elas Milão, na Itália, e Londres, na Inglaterra, as quais assumiram compromissos ambientais para a redução de gases de efeito estufa e controle das mudanças climáticas.
O Distrito irá contar com diversas ações, bem como implantação de ciclovias, elaboração do plano de mobilidade limpa, aumento de áreas verdes, projetos educativos para o engajamento da população e circulação de caminhões elétricos de coleta de resíduos. Também haverá o estímulo ao retrofit, em vez da construção de prédios novos, além de estar em estudo a restrição do acesso de automóveis em algumas vias.
“Criar esse distrito de baixa emissão de gases é mais um desafio que a prefeitura tem nesses próximos anos. É um trabalho muito complexo, mas acreditamos que, até 2024, já tenhamos concluído a primeira fase do Distrito”, afirmou o prefeito em exercício e secretário municipal de Meio Ambiente, Nilton Caldeira.
De acordo com a prefeitura, no Distrito terão prioridade as soluções que impulsionam o desenvolvimento sustentável e o cumprimento da agenda climática, visando construir uma cidade ligada a sustentabilidade. A implementação do Distrito será coordenada pelo Escritório de Planejamento da Secretaria Municipal de Fazenda e Planejamento do Rio de Janeiro.
Proposta inclui revitalização do centro do Rio de Janeiro
A iniciativa está alinhada com o Plano de Desenvolvimento Sustentável e Ação Climática da Cidade do Rio de Janeiro (PSD), integrando o Programa Reviver Centro, que tem como intuito a melhoria dos espaços públicos, transportes sem emissão de carbono e promoção do uso residencial.
Com isso, a ideia é ter uma cidade mais moderna e preparada para a liderança no enfrentamento às desigualdades, à mudança climática e outros desafios que envolvem questões de sustentabilidade. O projeto do Distrito de Baixa Emissão de Carbono foi resultado de estudos de outros locais do mundo, como Londres e Medellín, já que ambos possuem áreas centrais desenvolvidas.
Emissão de carbono zero
O Distrito de Baixa Emissão também está conectado com a campanha global Cidades Pedaláveis, do Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento (ITDP), da qual o município do Rio participa como uma das cidades líderes. A implementação do Distrito será coordenada pelo Escritório de Planejamento da Secretaria Municipal de Fazenda e Planejamento do Rio de Janeiro.
O foco da campanha é expandir e unificar importantes ações ligadas à mobilidade por bicicleta, para garantir que esta se consolide como opção de transporte seguro, acessível e com emissão zero.
Sendo assim, as cidades líderes assumem o papel de se empenhar em projetar e instalar infraestrutura, adotar políticas e destinar recursos para que seus habitantes vivam perto de estruturas cicloviárias.
Matéria publicada na Abrainc