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Segmento corporativo vive alta em São Paulo

A Colliers e CBRE apontam para o forte aquecimento na locação de lajes e escritórios, com queda de vacância para menos de 10% e saldo positivo na absorção líquida nos primeiros seis meses do ano: 81 mil metros quadrados, superando o inventário entregue no período, que foi de 24 mil metros.

A análise da CBRE indica que a disponibilidade de escritórios nos prédios classificados como “triple A” na cidade é a menor em três anos. Em geral, esses ativos estão concentrados na região da Avenida Faria Lima, eixo financeiro paulistano. Segundo a companhia, como a baixíssima vacância nesse miolo pressionou os preços — que já superam o valor de R$ 300 por metro quadrado —, bairros do entorno têm recebido mais atenção, como Pinheiros e Jardins, além da Marginal Pinheiros.

Atentas a esse bom momento, as incorporadoras têm lançado e entregue novos projetos corporativos, a fim de dar conta da demanda. A Cyrela, por exemplo, anunciou no início do mês o Cyrela Oscar Freire Corporate, nos Jardins: uma torre de escritórios com quatro subsolos, lobby com pé-direito triplo, 23 andares, “rooftop” de 2,3 mil metros quadrados a 110 metros de altura e 45 mil metros de área bruta locável (ABL). O design será assinado pelo estúdio italiano Pininfarina, o mesmo que desenha os carros da Ferrari.

No mesmo segmento, a AMY Engenharia e Empreendimentos entregou em janeiro o Union Faria Lima. Com 30% de ocupação, tem valor de locação na faixa de R$ 310 por metro quadrado. “É um edifício-butique de 20 pavimentos, com lajes entre 325 e 608 metros quadrados, voltado para empresas que não precisam de grandes metragens — como escritórios de advocacia e ‘family offices’ —, mas que desejam estar próximas a grandes bancos e gestoras daquela região”, explica Rodrigo Yunes, diretor da companhia.
O projeto é da PSA Arquitetura e se diferencia das grandes torres espelhadas comuns no segmento. A fachada elegante ostenta linhas irregulares e assimétricas, e o térreo tem fruição pública, praça, jardins abertos para cidade e outras gentilezas urbanas. “A Faria Lima está rompendo com a tradição de prédios comerciais mais sisudos. Nosso projeto contribui para essa tendência”, afirma o arquiteto Pablo Slemenson, da PSA.

Ainda mais inovador na abordagem arquitetônica, o Edifício Valente, em Pinheiros, mira empresas da economia criativa para ocupar os espaços comerciais do prédio, que terá fachada ativa no térreo e, provavelmente, um restaurante no 17º andar. A estrutura foi distribuída em pavimentos triplex e duplex, de mil a 1,4 mil metros quadrados cada, com mezaninos internos conectados por passarelas e grandes varandas ajardinadas.

“Nenhum andar é igual ao outro. As sacadas ocupam lugares diferentes e geram os espaços internos que determinam as posições dos mezaninos. A ideia foi dar uma pegada tipo ‘loft’ em um prédio comercial”, explica Fernando Forte, da FGMF Arquitetos, responsável pelo projeto.

Leia matéria na íntegra no Valor Econômico

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