O Seminário “Temas Centrais relacionados ao Código Modelo da fib - MC 2020, normas internacionais e sustentabilidade” trouxe uma contribuição fundamental para a engenharia de concreto, por meio das reflexões e avaliações de especialistas nacionais e internacionais sobre a importância da tecnologia e da sustentabilidade para o futuro sustentável do setor.
Organizado pela Abcic e pela fib (International Federation for Structural Concrete), durante 66º Congresso Brasileiro do Concreto, em Curitiba (PR), promovido pelo Instituto Brasileiro de Concreto (IBRACON). o Seminário foi promovido no dia 29 de outubro, da Abcic e da fib, e teve coordenação da engenheira Íria Doniak, presidente executiva da Abcic e presidente da fib, que ressaltou a oportunidade relevante de congregar diversos experts da engenharia do concreto mundial, e agradeceu a participação de todos os palestrantes e congressistas.
O engenheiro espanhol David Fernandez Ordóñez, secretário geral da fib, apresentou um panorama geral da atuação da entidade, destacando a participação da delegação brasileira, cujo o head é o engenheiro Fernando Stucchi, na fib, bem como a atuação da engenheira Íria, como presidente da federação, e do engenheiro Marcelo Melo, chair da fib Young Members. “O Brasil é muito ativo e importante para a fib e estamos abertos para incorporar profissionais e pesquisadores dentro do grupo”, disse.
A programação do evento contou com palestras de especialistas nacionais e internacionais, que atuam na fib, seja no presidium, na delegação nacional, nas comissões e no Young Members Group.
A primeira apresentação foi proferida por Marco di Prisco, professor na Politécnica de Milão, e tratou da questão do concreto reforçado por fibras no âmbito do Código Modelo da fib 2020 e do futuro sustentável para as estruturas de concreto. O engenheiro Larbi Sennour, presidente do CEG International, falou sobre a aplicação de estruturas pré-fabricadas de concreto no mercado americano e sobre a estrutura de normalização americana e normalização do pré-fabricado, que deve entrar em vigor em 2027.
O engenheiro György Balázs, professor na Universidade de Tecnologia e Economia de Budapeste, tratou do comportamento e projeto em situações de incêndio, enquanto os engenheiros Ligia Doniak e Marcelo Waimberg, da EGT Engenharia, fizeram uma análise de força cortante em vigas protendidas sem estribo com uso de concreto com fibras, segundo a base de dados elaborada com ensaios disponíveis na literatura em comparação com normas internacionais e segundo o futuro boletim de pontes pré-moldadas em UHPC da fib, respectivamente.
Na sequência, o engenheiro Marcelo Melo, professor da Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da CAGEN mostrou o trabalho que está sendo realizado para oferecer um manual, que traduza em exemplos tangíveis o Model Code fib 2020. Já Sylvia Kessler, professora na Universidade das Forças Armadas de Hamburgo, avaliou a importância da durabilidade e da sustentabilidade no ciclo de vida dos ativos de infraestrutura. Katalin Kopecskó, professora na Universidade de Tecnologia e Economia de Budapeste, trouxe seis casos que demonstram que a falta de durabilidade pode causar sérios problemas econômico-financeiros, sociais e ambientais.
O evento foi encerrado pelo engenheiro Fernando Stucchi, head da delegação brasileira na fib, que relembrou a história da engenharia brasileira, contemplando diversos engenheiros que foram fundamentais para o atual estágio do setor, comento sobre os desafios atuais em termos de projeto e teceu considerações sobre a relevante contribuição para a engenharia nacional, pela integração e trabalho junto à fib.
O 66ª Congresso Brasileiro do Concreto aconteceu de 28 a 31 de outubro, no Centro de Convenções Positivo, em Curitiba, e teve como tema “Concreto: material do passado, do presente e do futuro”. Com a participação de mais de 1400 pessoas, o evento contou com palestras de renomados pesquisadores sobre como reduzir a pegada de carbono do concreto, de modo que seu consumo possa continuar aumentando para construção de moradias e infraestrutura dos países em desenvolvimento, sem comprometer as metas de redução das emissões de gás carbônico pelo setor.
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