O concreto pré-fabricado já é usado em rodovias, hotéis, edifícios e até mesmo dormentes. Neste ano, novamente ele foi assunto do Concrete Show. Na abertura do seminário “Avanços e viabilidade da pré-fabricação em concreto na América Latina”, a presidente executiva da Associação Brasileira da Construção Industrializada de Concreto (Abcic), Íria Lícia Oliva Doniak, destacou que a discussão acerca do tema foi iniciada na última edição do Concrete Show e que o público tem demonstrado interesse no assunto e pedido mais informações.
“O uso de concreto pré-fabricado é um tema atual e que precisa ser expandido. No último Concrete Show iniciamos essa discussão e ela foi muito bem aceita pelo público. Hoje trouxemos aqui palestrantes renomados, com experiências internacionais para nos atualizar sobre o tema”, apontou Íria.
A seguir, o primeiro painel foi ministrado pelo engenheiro chileno Rodrigo Sciaraffia, fundador e diretor regional latam da Discovery Predcast. Durante sua apresentação, ele contou que sua experiência com a técnica começou em 2008, ao gerenciar a obra de um viaduto na cidade de Santiago, no Chile.
“Desde então me dediquei a saber mais sobre esse modelo e descobri infinitas possibilidades. Podemos utilizá-lo em obras diversificadas, como pontes, estádios, casas, prédios, enfim, é um método veloz, menos custoso, mais limpo e que proporciona melhor coordenação na obra. Além disso, esse material se mostrou muito eficiente em casos de desastres naturais”, destaca Sciaraffia.
Obras na América Latina
De acordo com o engenheiro, Brasil e México lideram o uso de pré-fabricados em concreto na América Latina. Sciaraffia também mencionou obras em andamento na América Latina que utilizam a técnica, como a construção de um prédio de 50 andares no Chile.
No entanto, ele acredita que ainda há um longo caminho a percorrer para que os pré-fabricados se tornem mais populares. “Precisamos de forças para que surjam novas entidades, novas pesquisas, estudos e, consequentemente, incentivos. Hoje 95% do mercado constrói sem pré-fabricados em concreto, ou seja, ainda há muito o que ser feito”, opina.
Matéria publicada no Massa Cinzenta